investigação da Justiça dos Estados Unidos sobre um esquema de corrupção no futebol mundial. Entre os punidos está o ex-presidente da CBF e do Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2014, José Maria Marin.
"As acusações estão claramente relacionadas ao futebol e são de uma grave natureza que foi imperativo tomar medidas rápidas e imediatas", afirmou o presidente do comitê de ética da Fifa, Hans-Joachim Eckert. "O processo seguirá de acordo com o Código de Ética da Fifa".
De acordo com comunicado da Fifa, os 11 envolvidos estão proibidos de realizar qualquer atividade relacionada ao futebol, em nível nacional ou internacional. Marin e os outros detidos podem pegar até 20 anos de prisão.
Além de Marin, foram punidos Jeffrey Webb (vice-presidente da Fifa, presidente da Concacaf), Eduardo Li (presidente da Federação Costarriquenha e membro dos comitês executivos da Fifa e da Concacaf), Julio Rocha (presidente da federação da Nicarágua), Costas Takkas (dirigente da Concacaf), Eugenio Figueredo (vice-presidente da Fifa e ex-presidente da Conmebol e da federação uruguaia), Rafael Esquivel (presidente da Federação Venezuelana e membro do comitê executivo da Conmebol), Nicolás Leoz (ex-presidente da Conmebol), Jack e Darryll Warner, eChuck Blazer.
Nesta quarta-feira (27), uma operação liderada pelo FBI em parceria com a polícia suíça deteve sete dirigentes de alto escalão, entre eles Marin, sob a acusação de corrupção em entidades ligadas à Fifa. A dois dias da eleição para a presidência da entidade máxima do futebol, as autoridades suíças adentraram o hotel cinco estrelas em Zurique em que estes cartolas estavam hospedados e fizeram as detenções, de acordo com nota oficial do Departamento de Justiça norte-americano.
Segundo o comunicado do Departamento de Justiça, um total de 14 réus são acusados de extorsão, fraude, lavagem de dinheiro, entre outras irregularidades. A investigação aponta suborno de US$ 150 milhões (cerca de R$ 450 milhões) em questões ligadas a transmissão de jogos e direitos de marketing do futebol na América do Sul e Estados Unidos.
Seis dos sete dirigentes presos nesta quarta recusaram a extradição para os Estados Unidos. Desta forma, as autoridades suíças pedirão aos Estados Unidos o envio de "pedidos formais de extradição num prazo de 40 dias", conforme o tratado em vigor entre ambos os países, para dar prosseguimento ao caso.