O PSD tem insistido junto ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva para emplacar o futuro ministro da Saúde. O nome do senador baiano Otto Alencar, que comanda o partido na Bahia, é um dos cotados. Mas o PT quer emplacar um quadro técnico para a pasta.
Segundo o jornal O Globo, os petistas indicaram dois nomes: a presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Focruz), Nísia Trindade, e o médico infectologista Davi Uip, ex-secretário de Saúde do governo paulista de Geraldo Alckmin, eleito vice-presidente da República.
Nos governos anteriores de Lula e da ex-presidente Dilma Rousseff, o PT sempre teve preferência para indicar o ministro da Saúde, assim como o titular da pasta da Educação. Mas o partido pode ter que ceder os dois ministérios nas negociações com outras siglas para ter governabilidade no Congresso Nacional.
É o caso do PSD, que ficou dividido na eleição nacional entre Lula e a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL), mas já declarou apoio a Lula. Para isso, a articulação das lideranças baianas da legenda, que apoiou o petista no pleito, tem sido fundamental, a exemplo do próprio Otto e do líder da sigla na Câmara Federal, o deputado Antônio Brito, que integra o conselho político do governo eleito.
Como contou Antônio Brito ao site Política Livre, nesta segunda-feira (05), o PSD quer emplacar dois ministérios, com um quadro indicado pela bancada na Câmara e outro pelo Senado. Da Câmara, o nome é o do deputado fluminense Pedro Paulo. No Senado, além de Otto, ganha força o nome de Carlos Fávaro (MT), segundo a imprensa nacional. Otto, entretanto, estaria mais inclinado a permanecer no Congresso e ajudar Lula por lá.