sexta-feira, 5 de junho de 2020

Funcionários da Saúde são demitidos após Bolsonaro criticar nota técnica sobre saúde sexual



Funcionários da Saúde são demitidos após Bolsonaro criticar nota técnica sobre saúde sexualOs técnicos do Ministério da Saúde que assinaram a nota técnica sobre acesso à saúde sexual e reprodutiva na pandemia, e cujo conteúdo foi mal interpretado e distorcido pelo presidente Jair Bolsonaro, foram demitidos.

Nas redes sociais, Jair Bolsonaro sugeriu que houve uma tentativa de legalizar o aborto. O chefe do Executivo disse, na quarta-feira (3), que o ministério estava atrás de autores de uma "minuta de portaria apócrifa sobre aborto". Nas publicações, o presidente ainda afirmou ser contra interrupção de uma gravidez.

Reportagem do Estadão pondera que apesar do que diz o presidente, o texto é uma nota técnica sobre acesso à saúde sexual e saúde reprodutiva durante a pandemia. O documento não defende a legalização do aborto. 

A nota do Ministério da Saúde faz uma orientação sobre diversos pontos relacionados à saúde sexual. Entre eles, a manutenção de procedimentos de aborto legal, que só são autorizados em três situações: quando a gravidez é resultado de estupro, se não há outro meio de salvar a vida da gestante e em casos de fetos com anencefalia.

Foram publicada as demissões de Flávia Andrade Nunes Fialho, da coordenação de Saúde das Mulheres, e de Danilo Campos da Luz e Silva, da coordenação de Saúde do Homem.

Ainda conforme reportagem do Estadão, informações que correm nos bastidores é que outros nomes serão demitidos nos próximos dias.