Pais, professores e alunos do Celem –
Colégio Estadual Luiz Eduardo Magalhães impedem que uma retroescavadeira
continuassem os trabalhos de demolição do muro que liga o colégio ao
Polivalente. Por determinação do governo do estado, as duas unidades de
ensino serão unificadas.
O protesto aconteceu quando os pais
estavam matriculando os alunos no Celem e ouviram os estrondos da
demolição. De acordo com a direção da unidade, sequer eles foram
comunicados que começariam os trabalhos de derrubada do muro.
No momento da ação, professores se
emocionaram ao ver as máquinas trabalhando. “Isso é doloroso. Todo um
sonho indo embora”, lamentou uma professora.
Com o protesto, os trabalhadores desligaram as máquinas e estão no aguardo de uma saída que equacione o problema.
Os pais prometem ir ao Ministério
Público exigir a anulação da unificação das escolas. Desde o anúncio do
remodelamento das escolas estaduais na Bahia, pais, professores e
estudantes têm ido às ruas protestar contra possíveis fechamentos de
algumas unidades. O movimento acontece tanto na capital quanto no
interior do estado.
Com a unificação, o Celem passará a ser extinto e as dependências físicas da unidade pertencerão ao Colégio Polivalente.
O superintendente da Secretaria da
Educação do Estado da Bahia (SEC), Ney Campello expliou como será o
processo. Segundo ele, a remodelação faz parte de uma melhora na
educação básica do estado.
"O que nós vamos viver em 2019 é uma
transformação na qualidade de oferta da educação pública da Bahia, com
foco na ampliação da educação integral, ou seja, ampliação do tempo e
dos espaços onde os estudantes irão prover a sua própria educação",
explicou.
O gestor
pontua que novos profissionais da educação, entre eles coordenadores
pedagógicos, vão ajudar no desenvolvimento dos estudantes.
"O
governador já autorizou a chegada de mais de 600 coordenadores
pedagógicos, ou seja, pela primeira vez, toda a rede estadual de ensino
terá pelo menos um coordenador pedagógico. Mais de dois mil professores
também estão chegando no mês de janeiro. Para que esses programas, com a
chegada de novos coordenadores e professores, tenham melhor
desenvolvimento na escola, é preciso se pensar em uma reorganização da
rede, que nós chamamos de reestruturação da rede escolar", disse.
FONTE: Correio da Cidade