Estudo revela ainda que a representação feminina na política local também é importante.
Um estudo feito em 150 países, incluindo o Brasil, descobriu que a corrupção é menor onde mais mulheres participam do governo. De acordo com a publicação no "Journal of Economic Behavior & Organization", a análise ainda revela que a representação feminina na política local também é importante. Na Europa, por exemplo, a probabilidade de suborno é menor nas regiões com maior representação de mulheres.
"Esta pesquisa ressalta a importância do empoderamento das mulheres, sua presença em cargos de liderança e sua representação no governo", disse Sarangi, professor de economia e chefe de departamento da Virginia Tech, nos EUA, ao G1.
No Brasil, a lei em vigor atualmente prevê que pelo menos 30% dos candidatos devem ser do sexo feminino. Contudo, as mulheres representaram 86% dos 18,5 mil candidatos que não receberam voto em 2016.
Existe a hipótese de que, se o status das mulheres melhorasse na política, elas poderiam obter acesso às redes de corrupção e, ao mesmo tempo, aprenderiam a se engajar em atividades corruptas. Porém, a pesquisa indica justamente o contrário. Quanto maior a igualdade de status dos países em que há mais mulheres no governo, menor é o nível de corrupção.
O estudo concluiu que é na formulação de novas políticas que as mulheres podem ter um impacto sobre a corrupção. Ou seja, esses resultados não significam necessariamente que as mulheres sejam inerentemente menos corruptas que os homens.