PSDB baiano defende saída da base de Temer enquanto Imbassahy segue ministro
Por Fernando Duarte
Os tucanos baianos colocaram o ministro Antônio Imbassahy numa situação delicada. Ministro da Secretaria Geral do governo Michel Temer, Imbassahy teve a posição de permanecer na base aliada do presidente derrotada na Executiva estadual do PSDB da Bahia. O deputado João Gualberto, que preside a legenda na Bahia, fez uma jogada arriscada quando, logo após a divulgação do áudio entre Temer e o empresário Joesley Batista, ingressou com um pedido de impeachment do peemedebista. Manteve o posicionamento mesmo após a direção nacional defender a permanência da base. Ontem fez uma reunião da executiva do PSDB estadual e colocou em votação o posicionamento da legenda na Bahia. Transferiu para correligionários a decisão para não parecer isolado, já que os demais deputados federais, o próprio Imbassahy, licenciado, e Jutahy Magalhães Jr., não defendem publicamente o desembarque do governo. Daqueles que preferem continuar apoiando Temer, há a reclamação de que a votação supostamente incluiu uma pessoa que não teria direito a voto. Ainda assim, caso houvesse empate, a posição do presidente é pública e manteria a decisão de se afastar do Planalto. Com os 5 a 4 do PSDB baiano, o ministro Imbassahy pode até permanecer no cargo e resistir, acompanhando, principalmente, o tucanato no Senado, enquanto parcela expressiva da Câmara dos Deputados defende posição semelhante à de Gualberto. O Bahia Notícias buscou contato com políticos que aparecem na foto da reunião da executiva do PSDB na Bahia. Nenhum deles admite publicamente qual posição adotou. O medo de represália do grupo do PSDB controlado por Imbassahy é grande. Só não é maior do que o constrangimento imposto ao ministro para permanecer no cargo enquanto o próprio partido na Bahia, institucionalmente, prefere estar fora do governo Temer. Este trecho integra o comentário para a RBN Digital, transmitido diariamente às 7h, com reprise às 12h30.