O beijo é a melhor terapia, principalmente para superar a depressão,
revelou uma organização britânica. O beijo "estimula a parte do
cérebro que libera endorfina na corrente sangüínea, criando uma sensação
de bem-estar", destacou a principal agência de terapia sexual
britânica, Relate, com sede em Londres, e que no ano passado atendeu
mais de 150 mil pessoas no Reino Unido para ajudá-los em suas relações
de casal.
A endorfina é o opiáceo natural do organismo, cuja liberação no
cérebro causa sensação de prazer, agindo como antídoto para a depressão.
Lembrando que os benefícios da liberação de endorfina provocada
por um beijo já foram tema de incontáveis documentos científicos, a
organização britânica faz um apelo para que as pessoas se beijem mais
para combater o desânimo que acomete muitas pessoas após as festas de
fim de ano.
Estudos anteriores demonstram que os casais no
Reino Unido "não dedicam muito tempo ao beijo", pois seu cotidiano é
cada vez mais dedicado ao trabalho, informou a organização Relate, especializada em terapia sexual e dar assessoramento psicológico a casais.
Em um documento intitulado "O beijo francês num dia cinzento", a
organização enfatiza que os beijos que trazem mais benefício para a
saúde e para combater a tristeza não são aqueles em que só os lábios se
tocam, sem muita paixão ou emoção. Quanto mais "excitantes" e
apaixonados são os beijos, "mais adrenalina é liberada no sangue" e
maiores são os benefícios para a saúde, garante a organização britânica.
A sexóloga britânica Denise Knowles, que trabalha como assessora
de terapia sexual da Relate, afirma que os benefícios para a saúde de um
beijo apaixonado ocorrem porque uma forte liberação de adrenalina causa
aumento da pressão arterial e do ritmo cardíaco.
Por este
motivo, Knowles lamenta que o beijo seja freqüentemente relegado nas
relações amorosas em uma sociedade em que as pessoas querem, sobretudo,
ter um "bom sexo". "No entanto, o beijo traz tanto bem-estar e
prazer quanto um bom sexo, e é mais fácil, podendo ser desfrutado na
intimidade ou em público", diz a especialista.
Knwoles faz
um apelo especial para que os casais beijem mais, sobretudo em janeiro,
mês de inverno no hemisfério norte. "Janeiro é, para muitos, o mês
mais triste do ano, quando o tempo é cinzento e as dívidas contraídas
no Natal força muitos de nós a nos privar de algumas coisas", afirma
Knowles.
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