terça-feira, 2 de maio de 2017

O governo começa a demitir indicados de deputados da base aliada que votaram contra a reforma trabalhista na Câmara

O governo começou a demitir indicados de deputados da base aliada que votaram contra a reforma trabalhista na Câmara. Em reunião realizada  nesta segunda-feira (01) com ministros e líderes, no Palácio da Alvorada, o presidente Michel Temer disse que quem está com o governo tem bônus, mas também ônus e avisou que será preciso dar o exemplo, com cortes de cargos, para impedir que novas traições prejudiquem a votação da reforma da Previdência.
As mudanças na aposentadoria começam a ser analisadas nesta terça-feira (02) por uma comissão especial da Câmara. A expectativa do Palácio do Planalto é de que até julho a proposta tenha passado pelo plenário da Câmara e do Senado, mas esse calendário deve atrasar porque a base aliada está rachada e há muitas resistências à proposta.
As demissões que sairão no Diário Oficial atingirão cargos em órgãos federais nos Estados. Entre os atingidos estão deputados do PR, PP, PSB e até do PMDB, partido de Temer. Os cargos maiores, como ministérios e presidências de fundações, só serão retirados se houver infidelidade na votação da reforma da Previdência.
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, considerou “normal” a reação da sociedade à proposta de mudanças na Previdência. “Se alguém me fala que vai me tirar um direito, eu fico bravo, com razão”, disse Meirelles ao comentar as manifestações de sexta-feira e de ontem, contra as reformas propostas por Temer. “Agora, é preciso dizer a verdade para a população, que o Brasil, se continuar do jeito que está, não vai pagar as contas.”