Foto: Lula Marques/ Agência PT
A defesa da ex-presidente Dilma Rousseff recorreu nesta
quarta-feira (24) ao Supremo Tribunal Federal (STF) com um pedido de
liminar para anular o processo de impeachment que cassou o mandato da
petista e também devolvê-la ao cargo. O pedido foi feito ao ministro
Alexandre de Moraes, porque o processo era do ministro Teori Zavascki,
morto em janeiro deste ano em um acidente aéreo. Moraes é substituto do
ministro na Corte. Zavascki chegou a negar a concessão da liminar para
anular o processo contra a então presidente. O que a defesa requere
agora é uma reconsideração. Na petição, José Eduardo Cardozo traz como
argumentos novos acontecimentos, como a divulgação das delações de
executivos da JBS. Para a defesa, "a cada dia se evidencia mais a
ilegitimidade e a impossibilidade do atual presidente da República
permanecer no exercício do mandato para o qual não foi eleito”. Na ação,
o advogado também defende, segundo o site Uol, que Dilma foi afastada
pelo Congresso "sem que tenha sido praticado qualquer ato que configure
crime de responsabilidade". Ele relembrou o episódio em que o próprio
Michel Temer teria reconhecido, durante entrevista à TV Band em abril
deste ano, o desvio de poder de Eduardo Cunha, ao aceitar a abertura do
processo de impeachment. Caso Moraes rejeite a liminar, Cardozo pediu
que o caso seja apreciado pelo Plenário do Supremo.