terça-feira, 22 de novembro de 2016

73% dos jovens LGBT dizem ter sido agredidos na escola

 

 


Por Folhapress | Fotos: Reprodução
Uma pesquisa mostrou que 73% dos jovens entre 13 e 21 anos identificados como LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) foram agredidos verbalmente na escola em 2015 por causa da sua orientação sexual. É o maior índice entre outros cinco países da América Latina, onde a mesma pesquisa foi realizada. 
 
A Pesquisa Nacional sobre Estudantes LGBT e o Ambiente Escolar foi realizada no Brasil pela ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais), uma rede que reúne 308 organizações pelo país. Levantamento com a mesma metodologia também ocorreu na Argentina, Chile, Colômbia, Peru, Uruguai e México (os dados do México ainda não foram divulgados). 
 
Na comparação com os países vizinhos, os resultados do Brasil no item sobre agressão verbal são seguidos de Argentina (72,1%) e Peru (71,9%). Entre aqueles que sofreram agressões verbais no último ano no Brasil, 22,8% disseram que isso ocorreu "frequentemente" ou "quase sempre". 
 
O país com menos relatos de agressão verbal entre estudantes LGBT foi registrado no Uruguai. O índice no país ficou em 49%. 
 
Agressões físicas causadas pela forma como os estudantes expressam seu gênero foram relatadas por 24,6% dos jovens brasileiros ouvidos pela pesquisa. Neste item, o maior percentual foi identificado na Colômbia, com 42,5%. 
 
No Brasil, foram ouvidos 1.016 estudantes pela internet entre dezembro de 2015 e março de 2016. O questionário foi disponibilizado por meio de grupos comunitários LGBT, mídias sociais voltadas para esse público, além de sites de organizações parceiras, órgãos estudantis, sindicatos, instituições nacionais e locais ligadas à educação e aos direitos humanos.