O presidente Michel Temer (PMDB) criticou o posicionamento de
setores sobre a PEC do teto dos gastos públicos em jantar com deputados
no Palácio da Alvorada, na noite deste domingo (9), e disse que qualquer
movimento corporativo contra a proposta "nãk pode ser admitido". O
peemedebista não citou nomes, mas a declaração veio depois que a
Secretaria de Relações Institucionais da Procuradoria-Geral da República
divulgou um parecer que indica inconstitucionalidade na proposta do
governo. "Todo e qualquer movimento de natureza corporativa que possa
tisnar a PEC do teto não pode ser admitido. De modo que vocês fazem um
trabalho extraordinário no Legislativo brasileiro e este fato, o fato de
aprovarmos, numa segunda-feira, antevéspera de um feriado, uma matéria
de tamanha relevância, tamanha importância, vai ganhar o aplauso de todo
o povo brasileiro", declarou. De acordo com o G1, o áudio da reunião
foi divulgado pela própria assessoria do presidente, já que o encontro
foi fechado para a imprensa. Temer disse ainda que a aprovação da PEC
será "uma vitória para a classe política". A PEC do teto dos gastos
estabelece limite de despesas para a União, que só poderão crescer pelos
próximos 20 anos conforme inflação do ano anterior. A PEC já foi
aprovada pela comissão especial da Câmara criada para analisar a
proposta e deve ser votada em dois turnos no plenário da casa, antes de
seguir para o Senado. A expectativa do Planalto é que a matéria passe em
primeiro turno nesta semana na Câmara. No jantar, os economistas José
Márcio Camargo, professr da PUC-RJ, e Amando Castellar, professor da
Fundação Getúli Vargas (FGV), apresentaram os principais pontos da PEC.
Os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), e do Senado, Renan
Calheiros (PMDB), também discursaram sobre a proposta.