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Trombone News |
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População protesta dentro e em frente à Câmara de Santo Estevão (Foto: reprodução WhatsApp)
População de Santo Estevão, convocada pelo movimento "Vem Pra Rua", ocupou as
galerias da Câmara de Vereadores, nesta quinta-feira, 27, exigindo que os edis revogassem as leis 428 e
429/2016, de iniciativa da mesa diretora, que aumenta os subsídios para o
prefeito, vice-prefeito, vereadores e secretários municipais.
Com cartazes, apitos, panelas e usando palavras de ordem, os manifestes
gritavam "não vai ter aumento" e "revoga, revoga" diante dos vereadores presente
na sessão.
Os vereadores leram o texto da lei sancionada pelo prefeito Orlando e publicada
no Diário Oficial, em 20 de outubro, que aumenta os subsídios dos vereadores para R$ 10.128,89 o
que causou revolta da população e motivou a organização dos protesto nas Redes
Sociais.
Em seguida, no andamento da sessão, foi lida a nota de esclarecimento da Câmara que contesta a matéria
o TNews e defende que o subsídio seria de R$ 7.500,00. A nota acusa a matéria de tendenciosa e que teria informações inverídicas.
Sessão encerrada
Aos gritos e palavas de ordem da
população, os vereadores tentaram argumentar citando motivos pra o
aumento, porém, sob forte pressão
popular, não conseguiram conter os gritos e protestos e a PM foi
acionada para
acalmar os ânimos das pessoas. A Sessão foi encerrada pelo presidente,
porém os manifestantes fecharam a porta e impediram a saída dos
vereadores aos gritos: "covardes".
O presidente Nem de Bug concedeu a palavra a um dos líderes do movimento, o
estudante Reithon Bastos, que contestou a interpretação da lei pelos
vereadores e, segundo o movimento, o subsídio seria mesmo de 10 mil e exigiram
mais uma vez a revogação da medida.
O acordo
O presidente indicou, verbalmente, que apresentaria uma proposta de discussão do texto da
lei que seria pautado na próxima sessão, quinta-feira, 3 de novembro. O
grupo exigiu compromisso público para a revogação da lei, mas o presidente prometeu
apenas apresentar a proposta mediante orientação do jurídico da Câmara.
A comissão popular promete ocupar a Câmara de Vereadores na próxima sessão e só
sair se os vereadores revogarem a lei e não concederem aumento dos subsídios
para 2017.
O presidente Nem de Bug se recusou a falar com a reportagem do TNews:
"Vocês
não tem credibilidade com a população", atacou. A intensão da reportagem
nada mais era que oportunizar que o vereador reiterasse o acordo feito
com os manifestantes. Em uma segunda tentativa, o presidente disse que
não tinha mais condições de falar devido a situação tensa do momento, e
solicitou que entrevista fosse realizada em seu gabinete nesta sexta,
28.
Chumbinho
Os manifestantes, aos gritos, exigiram
que o vereador Tim da Quiboa se retratasse, em público, pelo áudio a
ele atribuído onde teria mandado os manifestantes "tomar chumbinho",
produto de venda proibida pela ANVISA, usado para matar ratos e
de uso recorrente em casos de suicídio. O vereador atribuiu a gravação a
um
familiar especial que teria registrado o áudio e enviado em um grupo de
WhatsApp.
Ocupação Os manifestantes ainda se sentaram nas cadeiras dos vereadores e anunciaram que a Câmara estava ocupada, e só sairiam com a revogação da lei. O presidente Nem de Bug negociou pessoalmente com os líderes do movimento e o local foi finalmente desocupado voluntariamente. |