Estudo mostra que 10% dos mais ricos detém 53,8% da renda no país.
Conclusão difere da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, do IBGE.
Conclusão difere da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, do IBGE.
Um estudo feito por dois pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) mostra que a desigualdade de renda no Brasil não diminuiu nos últimos anos, e sim permanece estável. A conclusão é diferente do que aponta a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), de 2014, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A metodologia adotada também permitiu concluir que, em 2012, 10% dos brasileiros mais ricos detinham 53,8% da renda no país. Em 2006, esse percentual era de 51,1%.
A parcela 1% mais rica da população brasileira – cerca de 1,4 milhão de adultos que ganham a partir de R$ 229 mil anuais – detinha 24,4% da renda do país em 2012, fatia pouco maior do que era em 2006, quando o mesmo grupo concentrava 22,8% de toda a renda brasileira. No mesmo período, movimento parecido ocorreu entre os 10% mais ricos do Brasil: o percentual da renda apropriada por eles subiu de 51,1% para 53,8%. Apesar do leve aumento, não dá para dizer que a desigualdade social cresceu; apenas que ela não diminuiu no período, como indicavam as pesquisas de renda.
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