A manifestação que reuniu cerca de 600 pessoas neste sábado (29), em São
Paulo, pedindo o impeachment da presidenta Dilma Rousseff foi bancada
por meio de doações pela internet. Foi o que disseram à Agência Estado
dois dos organizadores do evento, cujos gastos foram estimados por eles
em cerca de R$ 6 mil. O movimento é apartidário, garantiram. Membros do
grupo Revoltados On Line, que mobiliza ações pelo Facebook, o empresário
Marcelo Reis e o leiloeiro Wilson Gandolfo se disseram contra os
pedidos de intervenção militar ou separatismo entre estados que têm
constituído seus protestos. Segundo Folha Online, um pequeno grupo com
cartazes e autofalantes que pregavam a volta do militarismo foi expulso
do local, o vão do Museu de Arte de São Paulo (Masp), região central de
São Paulo. Eles foram retirados do local pela Polícia Militar após um
atrito com os demais manifestantes. O estopim da confusão foi quando o
empresário Ricardo Roque, de 44 anos, bradou em um megafone palavras de
ordem contra o governo do PT e pediu a intervenção militar. Segundo a
reportagem da Folha, um desses manifestantes vendia bonés e camisas com
estampas camufladas, ao estilo dos uniformes do Exército. Ao ver os
pedidos de intervenção militar, o cantor Lobão, que tem participado dos
pedidos de impeachment de Dilma, manifestou contrariedade. “Vão fazer
seu protesto em outro lugar! Isso é um tiro no pé, c…!”, disse Lobão,
informou a Agência Estado, gritando do alto do carro de som antipetista.
Ainda segundo a agência, crianças entre oito e nove anos foram levadas
ao carro de som. Uma delas, com cerca de nove anos, gritava “mais Brasil
e menos PT!”. As informações são da Congresso em Foco.