por Lucas Cunha
Regina interpreta Dulce a partir dos 45 anos Foto: Ique Esteves | Divulgação
A atriz mineira Regina Braga (67 anos) será a responsável, ao lado da
colega carioca Bianca Comparato (28 anos), por protagonizar o filme
sobre a vida da Irmã Dulce, a ‘Beata dos Pobres’ baiana, que deve chegar
às salas de cinema de todo o Brasil até o final do ano, provavelmente
entre o final do mês de outubro e o início de novembro. Sob direção do
cineasta Vicente Amorim (Caminho das Nuvens, Corações Sujos), a equipe
do longa-metragem está em Salvador desde o último dia 15 de abril, em
diversas locações na cidade, onde a obra será totalmente filmada. A
reportagem do Bahia Notícias teve a oportunidade de acompanhar um dos
dias de filmagem na capital baiana, no Palácio Rio Branco, na Praça
Municipal, quando conversou com Regina, rosto conhecido em diversos
trabalhos na TV brasileira, que vive o desafio de fazer Irmã Dulce a
partir dos 45 anos (a fase mais jovem da beata é feita por Bianca
Comparato). Casada com o médico Dráusio Varela e mãe do ator Gabriel
Braga Nunes (filho do diretor de teatro Celso Nunes), Regina assume que
pouco conhecia sobre Irmã Dulce até o convite para o papel. “Tinha
ouvido falar, sabia que era uma religiosa baiana, mas confundia um pouco
(sua imagem) com a Madre Tereza de Calcutá”. Por isso, a atriz sabe que
o filme terá um papel muito importante em ampliar o conhecimento sobre a
vida de Irmã Dulce, especialmente neste ano, que marca o centenário de
nascimento do ‘Anjo Bom da Bahia’. “Fui ficando encantada por sua
história. Foi importante vim para a Bahia antes do início das filmagens
para entender melhor o que ela representa aqui. Todo mundo tem uma
história para contar sobre Irmã Dulce”.
Regina é mãe do ator Gabriel Braga Nunes, que está na novela 'Em Família'
Regina admite que chegou a duvidar se teria capacidade de fazer o papel, por não se achar inicialmente muito parecida com Dulce e também por ter pouco experiência em cinema. “Minha formação maior é no teatro, no palco. Claro que tenho minhas inseguranças, mas lá eu tenho controle da situação. Cinema é outra coisa. Você faz muitas vezes a mesma cena. Mas agora já estou mais tranquila. Também tinha dúvidas se eu, loira e de olhos claros, podia fazer a Irmã Dulce. Foi a Maria Adelaide Amaral (dramaturga portuguesa radicada no Brasil), minha amiga, que me disse: ‘você pode sim, é muito parecida com ela!’. Relaxei. Não posso fazer um retrato dela, ser igual, mas posso fazer uma pintura, me ater aos detalhes dos seus gestos. Mesmo assim, ainda não tenho coragem de me ver no que gravamos. Acho que vou ter que tomar um calmante quando estrear o filme”, brincou a atriz. Quando questionada sobre a sua religiosidade, Regina diz preferir "não abordar o assunto”. “Não quero falar sobre isso, quando você fala da sua religião, parece que está batendo contra a de alguém. Prefiro falar na bondade que o ser humano é capaz de fazer, de amarmos uns aos outros. Isso Irmã Dulce me mostra. Minha religião agora é Irmã Dulce. Acho lindo ela se colocar acima de qualquer crença, ela tinha essa abertura. Esse exemplo é super importante para o atual momento do país. Tem muita gente que não se sente fortalecida na sua bondade, não encontra exemplo de pessoas que venceram pela bondade. Essa é sua história, de mostrar o poder da bondade e do amor, acima de qualquer religião. Acho que a função desse filme é mostrar esse exemplo para o Brasil”
Regina admite que chegou a duvidar se teria capacidade de fazer o papel, por não se achar inicialmente muito parecida com Dulce e também por ter pouco experiência em cinema. “Minha formação maior é no teatro, no palco. Claro que tenho minhas inseguranças, mas lá eu tenho controle da situação. Cinema é outra coisa. Você faz muitas vezes a mesma cena. Mas agora já estou mais tranquila. Também tinha dúvidas se eu, loira e de olhos claros, podia fazer a Irmã Dulce. Foi a Maria Adelaide Amaral (dramaturga portuguesa radicada no Brasil), minha amiga, que me disse: ‘você pode sim, é muito parecida com ela!’. Relaxei. Não posso fazer um retrato dela, ser igual, mas posso fazer uma pintura, me ater aos detalhes dos seus gestos. Mesmo assim, ainda não tenho coragem de me ver no que gravamos. Acho que vou ter que tomar um calmante quando estrear o filme”, brincou a atriz. Quando questionada sobre a sua religiosidade, Regina diz preferir "não abordar o assunto”. “Não quero falar sobre isso, quando você fala da sua religião, parece que está batendo contra a de alguém. Prefiro falar na bondade que o ser humano é capaz de fazer, de amarmos uns aos outros. Isso Irmã Dulce me mostra. Minha religião agora é Irmã Dulce. Acho lindo ela se colocar acima de qualquer crença, ela tinha essa abertura. Esse exemplo é super importante para o atual momento do país. Tem muita gente que não se sente fortalecida na sua bondade, não encontra exemplo de pessoas que venceram pela bondade. Essa é sua história, de mostrar o poder da bondade e do amor, acima de qualquer religião. Acho que a função desse filme é mostrar esse exemplo para o Brasil”