Em súmula, árbitro da partida relatou aglomeração de torcedores e o arremesso de uma lata em campo.
Foto: Reginaldo Lima/Acorda Cidade
Acorda Cidade
O Bahia pode perder mais que os três pontos do duelo contra o Santos, na
última quinta-feira, no estádio Joia da Princesa, em Feira de santana. O
Tricolor deve ser julgado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva
(STJD) por conta de incidentes ocorridos no estádio.
No início do primeiro tempo uma superlotação de um dos setores do Joia
da Princesa fez com que torcedores, incluindo crianças e idosos, fossem
imprensados entre uma das grades e a arquibancada. Enquanto do lado de
fora muitas pessoas esperavam para entrar. A situação só foi resolvida
após liberação para deslocar parte dos torcedores para uma área destina à
torcida do Santos.
Por meio de nota a Polícia Militar confirmou que um dos portões que de
acesso ao estádio foi arrombado, o que causou o tumulto, mas negou que
ocorreu superlotação no estádio.
Lata e súmula
No segundo tempo outro incidente aconteceu e pode prejudicar o Bahia. Um
torcedor arremessou uma lata próximo ao local em que estava o técnico
santista Oswaldo de Oliveira. O fato foi relatado em súmula pelo
árbitro.
"Aos 33 minutos do segundo tempo, foi arremessado uma lata de cerveja
(contendo líquido) no gramado. A mesma caiu próximo ao banco de reserva
da equipe do Santos F.C. e veio da direção de onde se encontrava a
torcida do Bahia", escreveu o árbitro. Neste sábado (31), o Joia da
Princesa será palco do duelo entre Vitória e Sport.
Portões de acesso estavam sob responsabilidade do Bahia
A prefeitura de Feira de Santana divulgou uma nota em seu site,
afirmando que a responsabilidade pelos portões de acesso ao estádio Joia
da Princesa, estavam sob a responsabilidade do Bahia. Veja a nota na
íntegra:
As causas dos problemas ocorridos na entrada do Estádio Alberto
Oliveira, o Joia da Princesa, na noite desta quinta-feira (29) na
partida entre Bahia e Santos, válida pela 8ª rodada do Campeonato
Brasileiro da Série A, estão sendo apuradas pela administração do
estádio. Os portões de acesso estavam sob responsabilidade da empresa
Ingresso Fácil, que detém as catracas nos jogos do Esporte Clube Bahia.
A empresa também é responsável pelo quadro móvel, composto por
funcionários que atuam na portaria. O administrador do estádio, José
Fernandes, explica que a abertura dos portões foi atrasada devido a
problemas técnicos nas catracas eletrônicas.
Ele esclarece ainda que não houve arrombamento em um dos portões,
como está sendo informado por alguns veículos de imprensa. "Felizmente
não aconteceu isso, pois resultaria em pessoas feridas e provavelmente
uma tragédia. O que aconteceu foi que devido ao empurra-empurra um dos
cadeados se abriu", explica José Fernandes.
O administrador diz ainda que a expectativa de público informada
pela Federação Bahiana de Futebol para a partida foi de 10 mil pessoas,
através de ofício encaminhado. Entretanto, mais de 16 mil ingressos
foram colocados a venda, totalizando 16.842 torcedores (sendo 16.089
pagantes). "Mas ainda assim a Polícia Militar colocou um efetivo de 30% a
mais, em cima do que havia sido informado em princípio, e também foi
solicitado reforço no momento da partida", observa Fernandes.
Outro aspecto observado pelo administrador do estádio foi o fato da
maioria dos torcedores optarem por apenas dois dos cinco portões de
acesso. "Os torcedores, habituados a ir ao estádio com pouco público,
optaram em sua maioria apenas pelos portões 1 e 5. E este foi um dos
fatores que contribuiu para o excesso de pessoas apenas em um
determinado setor", aponta.
Fernandes ressalta que o trabalho da Polícia Militar foi fundamental
para garantir a integridade dos torcedores. "Felizmente não tivemos
nenhum registro de pessoas feridas, entrada em hospital, ou qualquer
outro incidente mais grave. Em poucos minutos a Polícia Militar resolveu
a situação", salienta.
Com informações do Correio