domingo, 6 de abril de 2014

Elsimar Coutinho diz que reposição hormonal é importante para o sexo


Elsimar Coutinho ressaltou de que forma a presença do hormônio pode mudar a vida social e sexual das mulheres menopausadas
Elsimar Coutinho ressaltou de que forma a presença do hormônio pode mudar a vida social e sexual das mulheres menopausadas
A reposição hormonal ainda é vista como um tabu por muitas mulheres brasileiras. O assunto é um dos principais temas que está sendo discutido no IV Congresso Norte-Nordeste de Ginecologia Endócrina, realizado em Salvador até esse sábado (5/4), no Fiesta Convention Center. O primeiro tema a ser abordado foi a relação entre a sexualidade feminina e o tratamento com estrogênio para uma melhor qualidade de vida. 
Sobre o assunto, o cientista baiano Elsimar Coutinho, ressaltou de que forma a presença do hormônio pode mudar a vida social e sexual das mulheres menopausadas. “É preciso desmistificar que o sexo não pode ser algo bom. Uma vida sexual ativa e saudável faz bem não só à mulher, mas a toda família. Por isso, é preciso que a mulher saiba a necessidade de repor aquele hormônio que ela perdeu com o tempo”, explica.  
De acordo com Coutinho, um dos motivos para a negação à terapia pode ser porque muita gente não gosta de tomar remédio para disposição sexual. “A reposição não só traz benefícios para a feminilidade da mulher como também para a saúde do corpo e da mente”, assegura. 
Consequências
Outro fator que tem afastado as mulheres do tratamento é porque muitos acreditam que a reposição aumenta as chances de câncer de mama. Mas, o professor da Universidade de Yale (Estados Unidos), Philip Sarrel, um dos palestrantes do Congresso, mostrou porque é a favor da terapêutica de estrogênio. Por meio de pesquisas, ele revelou o que aconteceu com as mulheres norte-americanas que interromperam ou nem iniciaram o tratamento no tempo devido. 
Segundo ele, houve um aumento nos índices de osteoporose, infarto do miocárdio, disfunção sexual e sintomas psiquiátricos, como consequência à rejeição da terapia hormonal. “Esses resultados nos levam a recomendar um esforço renovado para estimular o diálogo entre médicos e suas pacientes sobre a terapêutica estrogênica. Esperamos que esse esforço, resulte em um aumento do uso de terapêutica estrogênica naquelas pacientes que poderiam obter benefícios com o tratamento”, acredita Philip Sarrel.