Kim Anami, especialista em sexualidade, defende o kung fu vaginal para uma vida sexual mais satisfatória
Século 21, libertação sexual e feminismo. Parece bom, mas o cenário
real é menos animador: as mulheres estão desconectadas de suas próprias
vaginas, tanto no aspecto físico quanto no psicológico.
A opinião é da especialista em sexualidade e relacionamentos Kim
Anami, criadora de um programa de exercícios intitulado “kung fu
vaginal”, que se popularizou nas últimas semanas com o vídeo “10 razões
para levantar pesos com a sua vagina” (assista no final da página).
Veja também:
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Os motivos listados por Kim passeiam entre afirmações polêmicas, como
o fato de que os Exercícios Kegel (criados nos anos 40 pelo
ginecologista Arnold Kegel para fortalecer o músculo pubococcígeo) não
são suficientes para quem quer fortalecer os músculos genitais, e outras
mais leves e divertidas, que brincam sobre o fato de a mulher se tornar
a atração principal das festas caso saiba atirar bolinhas de pingue
pongue com a vagina.
“Você precisa de resistência para conseguir fortalecer os músculos.
Os exercícios originais que o doutor Kegel criou em 1947 envolvem apenas
a contração da vagina. O que é essencial, porém, é usar algum objeto
para tonificar os músculos e não apenas contraí-los. É o mesmo princípio
de treinar musculação na academia: você precisa levantar pesos para
fortalecer os músculos. Simples assim”, afirma Kim Anami em entrevista
ao Delas.
Kung fu vaginal
Para resolver essa questão, Kim idealizou o programa de exercícios chamado de “kung fu vaginal”, que tem duração de oito semanas e é uma das maneiras de reestabelecer a conexão “perdida” entre as mulheres e suas vaginas.
Para resolver essa questão, Kim idealizou o programa de exercícios chamado de “kung fu vaginal”, que tem duração de oito semanas e é uma das maneiras de reestabelecer a conexão “perdida” entre as mulheres e suas vaginas.
Além de fortalecer a região genital, aumentando a libido e a
frequência do orgasmo feminismo, Kim revela que é possível controlar a
ejaculação masculina, já que a mulher é quem fica no controle da
relação.
Emocional e psicológico também são trabalhados durante o programa.
“Abordarmos a visão que as mulheres têm de seus próprios corpos,
aprendendo a aceitá-los como são, além da noção de que elas são seres
sexuais e podem melhorar o potencial do próprio orgasmo”, explica a sex
coach.
Segundo Kim, muitas mulheres ainda sofrem com insatisfação sexual
porque têm uma vagina fraca, com pouca sensibilidade, comprometendo o
prazer durante a relação.
Trabalhar esses músculos, portanto, é garantia de orgasmos mais intensos e frequentes, além de uma provável ejaculação feminina.
“Existem mulheres que até conseguem liberar o líquido durante o sexo,
mas ele permanece dentro do corpo, porque a vagina é fraca demais para
jogá-lo para fora”, detalha Kim.
No fim das contas, os exercícios propostos pela especialista acabam
satisfazendo os dois lados da cama, tanto homens como mulheres.
Disposição
Não existe nenhum tipo de restrição para quem pretende se aventurar nessa arte. “Todas as mulheres podem participar, principalmente durante a gravidez e após o nascimento do bebê. Elas têm mais chance de passar por problemas de incontinência urinária e prolapso genital após o parto, então, os exercícios de tonificação são essenciais para a prevenção”, diz Kim.
Não existe nenhum tipo de restrição para quem pretende se aventurar nessa arte. “Todas as mulheres podem participar, principalmente durante a gravidez e após o nascimento do bebê. Elas têm mais chance de passar por problemas de incontinência urinária e prolapso genital após o parto, então, os exercícios de tonificação são essenciais para a prevenção”, diz Kim.
A questão da resistência, que é o ato de puxar pesos com os músculos da vagina, deve estar aliada a uma prática habitual.
De acordo com a especialista, as mulheres precisam treinar pelo menos
cinco vezes por semana, cerca de dez minutos – em apenas uma semana já é
possível sentir os resultados, garante.
Mesmo que existam dúvidas sobre a eficácia do kung fu vaginal, a
iniciativa de Kim Anami desafia os limites impostos pela sociedade sobre
a sexualidade feminina, já que o programa coloca as mulheres no centro
da discussão do prazer.
“Em vez de a relação ser uma fonte de prazer para o casal, ela acaba
se tornando razão de conflitos, já que muitos têm insatisfações e não
falam sobre isso. Agora, as mulheres estão se abrindo para a ideia de
que é natural e saudável ter uma vida sexual animada. E você pode até
conseguir atirar umas bolinhas de pingue pongue durante esse processo!”,
brinca a sex coach (visite o site de Kim Anami aqui -- em inglês).
-- Veja no iG