sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Punição é mantida e Portuguesa segue rebaixada para a Série B

 

 

Defesa da Portuguesa não conseguiu reverter decisão de primeira instância
O Pleno do STJD (Supremo Tribunal de Justiça Desportiva) julgou no final da manhã desta sexta-feira o recurso impetrado pela Portuguesa para reversão da pena de quatro pontos, imposta pela escalação irregular do jogador Héverton, contra o Grêmio, pela última rodada do Campeonato Brasileiro. No entanto, apesar da defesa feita pelo advogado João Zanforlin, a punição foi mantida, deixando a Lusa com 44 pontos, sacramentando o rebaixamento paulista para a Série B. Com isso, o Fluminense acabou salvo do descenso.
Inicialmente, a Portuguesa tentou se defender ao dizer que Héverton "não tem qualidade técnica para mudar uma partida", segundo palavras do próprio Zanforlin, além de usar o Estatuto do Torcedor. Logo a seguir, foi a vez do procurador-geral do STJD, Paulo Schmitt, rebater o advogado luso, disparando contra a tese defendida. "O doutor Zanforlin não acredita na tese que defende", afirmou. Depois, foi a vez de Mário Bittencourt, advogado do Fluminense, que entrou como terceiro interessado no processo. "Se o atleta (Heverton) não valia de nada, por que a Portuguesa não entrou com 10?", questionou.
Finalmente, Michel Assef Filho, representante do Flamengo, deu sua posição, deixando claro que os rubro-negros não estavam ali para defender a Portuguesa. Então, o relator Décio Neuhaus leu seu voto, em defesa escrita previamente, na qual rebateu as teses de Zanforlin, chamando o erro da Lusa de "grosseiro" e "amadorístico" - o voto do relator durou cerca de 40 minutos. Todos os outros auditores seguiram o voto de Neuhaus, mantendo a punição à Portuguesa de forma unânime. Resta agora à Lusa acionar a Justiça comum, pois as instâncias desportivas estão esgotadas.