Seis anos após aceitar a denúncia do mensalão, o STF decidiu pela prisão
dos principais condenados no caso, como o ex-ministro José Dirceu, o
ex-presidente do PT José Genoino, o ex-tesoureiro petista Delúbio Soares
e o operador do esquema, o empresário Marcos Valério de Souza.
Em uma sessão confusa e pontuada por debates acalorados, os ministros
determinaram a execução da pena do julgamento que havia sido encerrado
no ano passado.
O número exato de réus que começarão a cumprir a pena assim que a
Justiça Federal de Brasília emitir o mandado de prisão não está
definido. Serão ao menos 15, já que havia dúvidas sobre seis réus.
Dez réus terão analisados no ano que vem a possibilidade de ter suas
penas revistas em crimes pelos quais foram condenados com quatro votos a
seu favor no plenário --eles apresentaram os chamados embargos
infringentes.
Dirceu está entre eles, na sua condenação por formação de quadrilha, que
lhe deu 2 anos e 11 meses de cadeia. Assim, agora o antigo homem forte
do governo Lula começará a cumprir sua pena de 7 anos e 11 meses por
corrupção em regime semiaberto (ele dorme na cadeia).
Após rejeitar a maioria de uma leva final de recursos chamados embargos
declaratórios, o presidente da corte, Joaquim Barbosa, pediu a prisão
imediata de 21 dos 25 condenados do caso. O deputado João Paulo Cunha
(PT-SP) terá seu caso analisado depois.