quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Cresce o número de pacientes com ‘dor de cabeça’ nos consultórios de Neurologia



Nos consultórios de neurologia, uma das queixas mais frequentes de quem procura o atendimento é a cefaléia, que popularmente é mais conhecida como ‘dor de cabeça’. De acordo com o neurologista Paulo Machado, a cefaléia constitui um problema frequente da população em geral.
Neuro Paulo - CV
Paulo Machado, neurologista
“Ela pode ocorrer isoladamente como manifestações de um complexo sintomático agudo, como a enxaqueca (cefaléia primária), ou pode fazer parte de uma doença em desenvolvimento, como infecções, neoplasia cerebral ou sangramentos intracranianos (cefaléias secundárias)”, explicou o neurologista Paulo.
Segundo Paulo Machado, as consideradas cefaléias primárias não apresentam uma causa especifica, podendo a mesma ser de natureza multifatorial e de caráter hereditário, ao contrário das cefaléias secundárias, que apresentam uma causa patológica evidente. “As dores de cabeça podem se manifestar de modo súbito, subagudo ou crônico.
As cefaléias crônicas, geralmente são de natureza primária. São resultantes, na maioria das vezes, das enxaquecas  e cefaléias tensionais”, disse.
Para o neurologista, a pode ser de característica pulsátil, pressão, aperto, ardência, lancinante, além de fraca, moderada, intensa, constante ou em salvas. “As dores de cabeça também podem se manifestar associadas à sintomatologia autômica (náuseas, vômitos, hiperemia ocular, lacrimejamento, obstrução nasal, sensibilidade à luz e ao som) ou mesmo sistêmica, como perda de peso recente, febre, mal estar, cansaço e inapetência, por exemplo”, ressaltou.
CefáleiaQuestionado, Paulo Machado nos contou que o tratamento das cefaléias e dores faciais dependerá do diagnóstico e das causas de base estabelecidos, segundo ele, pode ser apenas de natureza medicamentosa. “Existem casos mais graves, como nas hemorragias intracranianas ou mesmo meningites/ encefalites, que poderá haver a necessidade de uma intervenção cirúrgica”, justificou.
Segundo Machado, alimentação  equilibrada, sono regular, prática de exercícios físicos, redução do consumo diário de cafeína, controle dos níveis de stress, são métodos que ajudam a diminuir a freqüência e a intensidade das cefaléias.

Clécia Azevêdo