Nos consultórios de neurologia, uma das queixas
mais frequentes de quem procura o atendimento é a cefaléia, que popularmente é
mais conhecida como ‘dor de cabeça’. De acordo com o neurologista Paulo
Machado, a cefaléia constitui um problema frequente da população em geral.
Paulo Machado, neurologista |
Segundo Paulo Machado, as consideradas cefaléias
primárias não apresentam uma causa especifica, podendo a mesma ser de natureza
multifatorial e de caráter hereditário, ao contrário das cefaléias secundárias,
que apresentam uma causa patológica evidente. “As dores de cabeça podem se
manifestar de modo súbito, subagudo ou crônico.
As cefaléias crônicas, geralmente são de natureza primária. São resultantes, na maioria das vezes, das enxaquecas e cefaléias tensionais”, disse.
As cefaléias crônicas, geralmente são de natureza primária. São resultantes, na maioria das vezes, das enxaquecas e cefaléias tensionais”, disse.
Para o neurologista, a pode ser de característica
pulsátil, pressão, aperto, ardência, lancinante, além de fraca, moderada,
intensa, constante ou em salvas. “As dores de cabeça também podem se manifestar
associadas à sintomatologia autômica (náuseas, vômitos, hiperemia ocular,
lacrimejamento, obstrução nasal, sensibilidade à luz e ao som) ou mesmo
sistêmica, como perda de peso recente, febre, mal estar, cansaço e inapetência,
por exemplo”, ressaltou.
Questionado, Paulo Machado nos contou que o tratamento
das cefaléias e dores faciais dependerá do diagnóstico e das causas de base
estabelecidos, segundo ele, pode ser apenas de natureza medicamentosa. “Existem
casos mais graves, como nas hemorragias intracranianas ou mesmo meningites/
encefalites, que poderá haver a necessidade de uma intervenção cirúrgica”,
justificou.
Segundo Machado, alimentação equilibrada, sono regular, prática de
exercícios físicos, redução do consumo diário de cafeína, controle dos níveis
de stress, são métodos que ajudam a diminuir a freqüência e a intensidade das
cefaléias.
Clécia Azevêdo