Antecedentes
A insatisfação social ocasionou a diversificação das causas dos
manifestantes para além das tarifas de ônibus. Na foto, protesto
ocorrido em 28 de abril na capital pernambucana, Recife.
Em 2013, as manifestações tiveram início em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul
e começaram antes mesmo do aumento da tarifa de ônibus, de R$ 2,85 para
R$3,05, e das "lotações", de R$ 4,25 para 4,50, no dia 25 de março. Os
protestos ganharam força após o reajuste, quando manifestantes
conseguiram protocolar ação cautelar que foi aceita pelo juiz Hilbert
Maximiliano Obara, da 5ª Vara da Fazenda Pública.44
Em 5 de março o juiz afirmou que havia sérios indicativos de aumento
abusivo no valor e determinou que a prefeitura reduzisse o preço das
passagens.45
Em Goiânia, as manifestações iniciaram-se no dia 16 de maio, antes do
anúncio oficial de aumento da tarifa, que ocorreu dia 22. As tarifas
chegaram a subir de R$ 2,70 para R$ 3,00. Os protestos tiveram seu pico
no dia 28 do mesmo mês, na Praça da Bíblia, no Setor Leste
Universitário. Quatro ônibus foram destruídos, dois incendiados e dois
depredados, e 13 veículos sofreram algum tipo de dano. Na ocasião, 24
estudantes acabaram detidos por vandalismo e desobediência. A última
manifestação ocorreu no dia 6 de junho, quando estudantes interditaram
ruas do Centro da capital, queimaram pneus, lançaram bombas caseiras e
quebraram os vidros de um carro da polícia. No dia 13 de junho, as
tarifas voltaram a custar R$ 2,70, após liminar expedida pelo juiz
Fernando de Mello Xavier, da 1ª Vara da Fazenda Pública Estadual. Na
decisão, o juiz argumentou que desde o último dia 1º de junho as
empresas de transporte coletivo deixaram de pagar os impostos PIS e
Cofins, porém essa isenção não foi repassada ao usuário goianiense.