Eles reivindicam 5% mais a inflação que chega a 11,93%, já os banqueiros propõem o repasse da inflação do período no valor de 6,1%, proposta rejeitada pela categoria.
Foto: Acorda Cidade
A partir da meia-noite desta quinta-feira os bancários de todo o Brasil
vão entrar em greve por tempo indeterminado. A decisão foi aprovada em
assembleia da categoria no dia 12 deste mês, segundo eles, por falta de
negociação com os bancos. Em Feira de Santana, cerca de 900 bancários
devem aderir ao movimento. A cidade possui atualmente sete agências e 33
locais de atendimento.
Eles reivindicam 5% mais a inflação que chega a 11,93%, já os banqueiros
propõem o repasse da inflação do período no valor de 6,1%, proposta
rejeitada pela categoria. Mas de acordo com o diretor de comunicação do
sindicato, Edmilson Cerqueira, a greve não se dá apenas por causa do
salário, mas também pela valorização dos profissionais, o fim do assédio
moral, contratação de pessoal, cumprimento de leis, contra a
discriminação da clientela, dentre outras reivindicações.
Quanto às especulações de que os terminais de auto-atendimento não iriam
funcionar durante o período da greve, Edmilson esclarece que eles não
vão parar, mas que caso o movimento se prolongue, pode haver dificuldade
no abastecimento, o que pode prejudicar a população.
“Os funcionários estão lá para ajudar os clientes, mas se por acaso for
uma greve muito forte, porque há uma irritação muito grande da
categoria, com relação a não valorização dos funcionários na sua
data-base, então nós acreditamos que se houver uma maciça adesão pode
inviabilizar”, informou Edmilson Cerqueira, acrescentando que hoje às
18h todos os sindicatos de bancários do Brasil vão realizar assembleias
de organização da greve do movimento.
O diretor orienta ainda que as pessoas que porventura não conseguirem
realizar pagamentos durante o período da greve, não serão obrigadas a
pagar juros após a suspensão do movimento, conforme o código de defesa
do consumidor bancário, e que aposentados e pensionistas devem se
dirigir aos caixas eletrônicos e lotéricas.
O Código de Defesa do Consumidor estabelece também que, no caso de
multas, o banco deve ser responsabilizado. Ainda segundo os órgãos de
defesa do consumidor, é indicado que os clientes busquem a empresa
credora, para que estas ofereçam meios para o pagamento, como depósito
em conta, código numérico ou o pagamento na própria empresa. Em caso de
fatura vencida, o consumidor não deve esperar a greve acabar. Contudo,
nenhum juro deverá ser repassado pelo banco.