terça-feira, 2 de julho de 2013

O Jovem no mundo de hoje







Por que eu me permiti aceitar esse convite? O que existe no âmago desta aceitação? Será por egocentrismo insatisfeito?Será por vaidade? Qual o sentido de se falar e de se ouvir?
Gostaria de sair destas pesadas reflexões e dizer para vocês da minha alegria em ser chamado para lhes falar.
Estou pronto para lhes falar profundamente. Preparei-me como para um desfile, com traje engalanado para aqueles que gostam de pompa e ao mesmo tempo com as vestes da objetividade que é bem próprio da racionalidade.
Fiquei olhando longamente par o tema proposto como que querendo penetrar no cerne das palavras!”O papel do jovem no Mundo Atual”! E me perguntei: o que eles esperam que seja dito e que lhes agrade, que lhes transmita alguma orientação e esperança?
No meio de tanta incompreensão entre ricos e pobres, guerras entre israelenses e árabes, ocupações indevidas como no Afeganistão pela Rússia, as misérias do pós- guerra revolucionaria na Nicarágua, no meio de tanta sujeira, ódio, poluição moral e ambiental, o que as gerações anteriores a esta juventude têm para lhes doar e que seja exemplar? As folhas não respiram mais! As arvores estão tristes, a natureza abatida,, as águas ultrajadas e o que é que podemos mostrar aos nossos filhos? Talvez a conquista da Lua, o conhecimento atmosférico, os aparelhos de comunicação, o namoro a Marte, as pesquisas ultramicroscópicas!...A vacina Sabin!...
Não sei se interessa ao jovem conversar sobre o analfabetismo, a falta de alimentação, fontes de violência e desajustes sociais!
O fato notável é que os meios de comunicação de massa desfilam todos os dias para os nossos olhos as idéias de conforto, bem estar, riqueza, opulência, lazer, o que contradiz com a realidade que encontramos fora dos vídeos, estórias, etc.
Criou-se por interesse capitalista, materialista, a era da mentira, do engodo, da falsidade, em que o mais esperto ludibria ao menos e desta vantagem aumenta a sua força de domínio e de posse.
Criou-se por interesse capitalista, materialista, a era da mentira, do engodo, da falsidade, em que o mais esperto ludibria ao menos e desta vantagem aumenta a sua força de domínio e de posse.
Será que isto que o jovem de hoje almeja?Tornar-se mais um enganador? Um embusteiro? Um rastejante surrupiador de bens, diminuindo o valor das virtudes e do amor?
O que falar ao adolescente que marcado, às vezes na própria pele, pela chaga da desunião familiar, que lhe rouba o tesouro herdado  da maternidade paternidade, procura incessantemente na marginalização do vicio a explicação que não encontra?
É fácil falarmos que a juventude está perdida, que o jovem é um desorientado que procura no vicio e no sexo a solução de suas frustrações quando não temos a hombridade de nos olharmos e vermos os erros que estamos lhes transmitindo em desatenção, ódio, intrigas, machucando o que ele tem de mais puro e cristalino: a sua formação.
Meus caros e caras jovens: esta é a nossa tese após este prólogo, um tanto filosófico e longo, que lhes trago: não vim para falar sobre “O papel do jovem no mundo moderno” w sim para discorrer sobre a sua formação.
Do mundo que estamos vivendo descartem todas as suas insuficiências q medidas sobre o que é bom. O que é bom  foi feito pelas gerações anteriores após longas meditações talvez muitos esforços e incompreensões, mas conseguiram os seus alvos, tenho certeza que o sacrifício pessoal e coletivo é a única formula capaz de acelerar as conquistas e os progressos.O mesmo deve ser feito para cada um de vocês .Os seus filhos estarão esperando pelas suas realizações , pelas suas conquistas,pelas suas virtudes e julgarão como vocês estão julgando os seus pais e os outros tempos e gerações .
Falo-lhes da necessidade do aprimoramento de sua formação. Formação quer dizer os elementos que compõem o seu arsenal íntimo de qualidades. E para exemplificar nada melhor que recordar uma passagem da vida de Francisco de Assis ou São Francisco de Assis quando exaltou a humanidade em desfavor da valentia do arroubo, do gesto extremado: “Jogar a bolsa de ouro pela janela é fácil, pensava. Receber trinta e nove chicotadas sem piscar é fácil.Caminhar a pé e descalço ate o outro lado do mundo, açoitado pelos ventos e pisando na  neve, é coisa relativamente simples.Com a ajuda do Senhor Jesus, a gente pode até entregar o corpo às chamas ou à espada, apresentar o pescoço à cimitarra, ser torturado no tronco,arrastado por cavalos ou devorado por feras, e até mesmo beijar a boca de um leproso...Mas ficar calmo diante do fantoche do ridículo não se perturbar quando arrastam no chão a túnica do prestigio, não enrubescer quando se é humilhado, não tremer quando nos despem de nosso nome social e da família e da fama...tudo isso é humanamente impossível, ou é um milagre claro da misericórdia de Deus.”
Falei-lhes da humildade como posso lhes falar da honestidade, da justiça e do amor.
Chegamos num ponto critico de nossa fala: quais os objetivos que temos com a vida que ganhamos ao nascer? O que representa para nós a vida, o outro e o que almejamos com a nossa potencialidade física e mental? O que representa par nós o pensamento de formarmos um mundo melhor com homens mais justos, pacíficos e evoluídos no espírito?
Apresentamos aos jovens o mundo em que vivem com todas as suas imperfeições que atribulam a sua existência e geram as suas insatisfações.
Orientamos para que saibam escolher entre o ouro e a prata. Grifamos a importância de sua liberdade em ser ais através de uma formação forte e fecunda de bons princípios.A meta de um mundo melhor sob a égide de um homem mais evoluído é o que se espera desta juventude que hoje me ouve e me vê.
A resposta será dada por cada um. Esposemo-nos a novas idéias, novos princípios, homens e mulheres, na busca de um a amanhã mais sorridente, mais luminoso de virtudes em que todos sejam felizes.
A conquista desse amanhã só será viável quando aprendermos que cada um de nossos atos é importante e desencadeia em série uma infinidade de reações.
O nosso ultimo sopro de lembrança seja para Deus, que carregamos de alguma forma dentro do peito, para que Ele encha todas as nossas células, da fraternidade que ainda não temos, e do amor que nos falta, para que possamos amar como Ele nos amou.