segunda-feira, 22 de julho de 2013

Candidatura de Lídice da Mata para o governo ganha força

 

 

  • "O partido quer, o partido deseja", disse Lídice sobre sua candidatura
A senadora Lídice da Mata confirmou, neste sábado, 13, que no PSB a sua candidatura ao governo da Bahia está consolidada. "O partido quer, o partido deseja, o partido quer trabalhar com isso", assinalou Lídice, a quem caberá dar palanque ao governador de Pernambuco, Eduardo Campos, à  Presidência da República em 2014.
Aliada do governador Jaques Wagner, que se empenha em garantir a reeleição da presidente Dilma Rousseff e fazer de um petista seu sucessor, Lídice disse ser crítica da ideia do PT de que, em nome do projeto nacional, se articula o resto da política, no municipio ou estado.

"Isso tem a ver, mas não pode estar totalmente submetida a essa lógica", frisa a parlamentar. Para ela, não é suficiente dizer que tem um projeto nacional. "Não basta Dilma e Lula, é preciso ter um projeto local, é preciso pensar a realidade municipal (estadual) e, situado nessa realidade, a sua candidatura ter uma necessidade claramente reconhecida pelos eleitores".

As declarações da senadora foram dadas na manhã desse sábado no seminário "As manifestações de Rua e a Reforma Política com Participação Popular",  realizado no Hotel Sol Vitória Marina.

O evento contou com a participação da deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP), do cientista político da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), Fabiano Santos, e do integrante do Movimento Passe Livre em Salvador, Walter Altino.

Coordenadora da Frente Parlamentar pela Reforma Política Com Participação Popular, Erundina também defendeu, em entrevista publicada neste sábado em A TARDE, que o PSB dispute com candidaturas próprias a próxima eleição geral.

Exigência das ruas - "Se existe partido é para disputar, se não é um clube de amigos", opinou a ex-prefeita de São Paulo. Ela lembrou que o PSB, nos últimos anos, "foi uma das forças mais fiéis ao PT e esse papel de figurante tem prazo de validade limitado; já se esgotou".
Na eleição do ano passado, a deputada socialista declinou de ser a vice do prefeito Fernando Haddad (PT), depois que Lula posou em foto apertando a mão do deputado federal Paulo Maluf (PP), ao aderir à campanha do petista. Maluf era governador de São Paulo quando Erundina estava na prefeitura. Sobre a candidatura de Eduardo Campos, a deputada afirmou que tanto no partido como na bancada federal todos avaliam que as "condições objetivos e subjetivas" para o lançamento da candidatura de Campos estão colocadas.
A deputada assinala que a candidatura do socialista é "uma exigência"   colocada pelas recentes manifestações de rua, que cobram do PSB um posicionamento em relação ao futuro do País.

Animada com a possibilidade de concreta de disputar o governo, a senadora Lídice da Mata assinalou que os projetos que o PSB vêm construindo na Bahia e no Brasil, embora se conectem, não são interdependentes.

"Se não, se Eduardo Campos desistir, eu desistiria?  Não", afirma ela. "Precisamos ter um projeto para a Bahia, que só vai depender  do processo de construção, para a decisão final".