terça-feira, 15 de janeiro de 2013

MATANDO A SEDE COM LAMA


 Por Hélio Rios

Foto: Clécia Rocha: Mão de quem está com sede, leva lama á boca
Chuvas torrenciais e seca  cruel. São situações as quais todos nós estamos sujeitos e não podemos reclamar, pois cabe a mãe natureza reger tais condições, e não é dado ao ser humano o direito de contestá-las. Porém do mesmo modo não podemos desconhecer o fato de que cabe aos gestores públicos das regiões castigadas a obrigação de cobrar à quem de direito que tais situações sejam pelo menos amenizadas afim de  reduzir o sofrimento da população. É o caso dos moradores da localidade denominada Mumbira, no município de Santo Estevão, que estão sendo obrigados literalmente a beberem lama, quando a sede aperta, em razão da pouca ou nenhuma importância dada pelo poder público, cujos responsáveis, na maioria das vezes, só pensam em votos nos períodos eleitorais.
Uma moradora de  Mumbira, que não quis se identificar temendo represálias, reclama que faz sete meses sem pingar água nas torneiras da localidade, embora os recibois emitidos pela embasa sejam rigorosamente entregues nas residências. Segundo esta moradora, o  governo anterior do município inaugurou uma rede adutora na localidade prometendo água para todos, só que até agora nem uma gota pingou nas torneiras. ''Os moradores da localidade se abastecem numa fonte que já não mina mais água de qualidade, somos obrigados e usar essa água que mais parece suco de terra, ou seja, lama" afirma a moradora.

Enfatizando: Embasa não é obrigação dos governos municipais, e sim do governo estadual, mas é responsabilidade dos gestores dos municípios a cobrança de um serviço digno e condizente com as necessidades da população.  O Folha do Paraguassú vai estar atento.