domingo, 27 de janeiro de 2013

Dengue , de novo


A dengue é uma doença infecciosa produzida por um vírus que é transmitida por um mosquito o “Aedes aegypti” ocasionando cefaléia (dor na cabeça), mialgias (dores nos músculos), e muitas outras enfermidades. O mosquito prolifera-se na época chuvosa do ano e conforme o número de pessoas picadas pelo inseto poderá ocorrer uma epidemia. Sabe-se que a dengue hemorrágica é fatal, preferentemente, em crianças. É preciso, então, que se tenha muito cuidado com esse inseto díptero (falei bonito!). quando criança, lá pelos meus oito anos, fui penetrado por um berne, aquela larva de inseto que, se a gente deixar, permanece dias sob a pele, acarretando aquele vermelhão que é necessário seja, de pronto, extirpado. Retornando ao assunto sobre a dengue, quero dizer que as autoridades sanitárias têm feito de tudo para erradicar esse mal que assola o nosso país. Contaram-me um diálogo travado entre um médico da cidade de Matões, no Maranhão, e um cidadão desejoso de saber tudo sobre a dengue. O médico, coordenador na cidade da campanha antidengue, foi para casa descansar depois de um dia de muito trabalho no posto de saúde. Aí o telefone tocou altas horas da noite. Era um cidadão fazendo indagações sobre a doença. O médico chateado, bastante irritado, tentou explicar ao interlocutor, e para isso usou uma terminologia mais acessível ao homem. Nada, nada mesmo, do homem entender o que explicara. Dialogaram, demoradamente. Então, o médico resolveu pedir ao cidadão que lhe fizesse as perguntas que responderia a todas, desde que uma a uma. Vejam meus leitores, o diálogo: - Todo “Aedes Aegypti” transmite a dengue? – Não há motivo de pânico, nem todo mosquito está contaminado. Só os que picam você. – Acabei de ser picado por um deles. O que devo fazer? – Se o local da picada estiver infectado, a solução é evitar que o sangue da região se espalhe pelo corpo todo. Pegue um tampax e coloque rapidamente na ferida de modo que o absorvente sugue o sangue contaminado; se o absorvente não couber na picada, pegue uma faca, dessas de cozinha, limpe-a com álcool, e alargue a ferida até que haja espaço suficiente para a inserção dele. – Quanto tomei banho hoje fiquei com o umbigo cheio d’água. Meu umbigo é outro foco para larvas da dengue? – Sim. O melhor a fazer é não lavar o umbigo, pois o “Aedes Aegypti” gosta de água limpa. Deixe a água que acumula no seu umbigo sempre suja. – Não importa o que eu fizer, pois sempre há mosquitos na minha casa. O que posso fazer para dormir sossegado? – Nesse caso, pegue um pote raso enche o recipiente com seu sangue. Em vez do “Aedes Aegypti” picá-lo, para se alimentar, irá diretamente ao pote para poupar trabalho. – Se eu pegar um “Aedes Aegypti” morto e o fixar com fita durex na parede da minha casa, o senhor acha que os outros mosquitos ficarão intimidados e abandonarão o local? – Não. Os “Aedes Aegypti” não se intimidam diante de cadáveres de camaradas mortos. Como o próprio nome já diz, o mosquito vem do Egito, onde a população é muçulmana; por esse motivo ele encara a morte de seus companheiros como um sacrifício pela causa de sua espécie. Ver o cadáver de um colega exposto só aumentará o ímpeto dos seus ataques, pois são terroristas. – Uma aranha no meu quarto devorou um “Aedes Aegypti”; ela está contaminada? – Sim. Chame imediatamente o pessoal da SUCAM para examinar a aranha, caso contrário contaminará outras pessoas. Toda aranha com dengue fica mais dengosa e poderá prender você e sua família em sua teia. – Devo esvaziar a piscina? – Não precisa, mas se você quiser faça um revezamento com sua família de modo que sempre alguém dentro dela, fazendo ondas. Piscina parada é ambiente ideal para mosquito de férias. – Lavar a cabeça é perigoso? – Muito. Não saia de casa com o cabelo molhado! Água parada no coro cabeludo é local ideal para o mosquito com problemas psicológicos, de vez que ele pensa que é piolho!
(Luiz Augusto Sampaio, da Academia Goiana de Letras e Instituto Histórico e Geográfico de Goiás, escreve todos os domingos neste espaço)