segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Baderna vira rotina no Porto da Barra


 

 

por
Leidiane Brandão
 
Prisão no Porto da Barra
Prisão no Porto da Barra
Carnaval fora de época regado a drogas, sexo, prostituição, sujeira e até violência é o cenário das tardes de domingo do Porto da Barra. Após deixar a praia, adolescentes, jovens e adultos se reúnem na calçada e transformam a área em uma verdadeira festa de largo.
Ritmos como forró, arrocha, pagode, axé e sertanejo são disputados entre os carros estacionados na região. Moradores reclamam da poluição sonora e também afirmam que muitos frequentadores da área fazem uso de drogas a qualquer hora do dia sem se preocupar nem mesmo com a presença de policiais.
Na tarde deste domingo (15/10), a equipe da Tribuna esteve no local flagrando um rapaz sendo preso por policiais militares depois de ter assaltado um grupo de turistas.
Outro problema que ocorre por conta da farra e a desorganização dos ambulantes é a quantidade de lixo espalhada por todos os lados. Apesar de ter no local contêiner para descarte de material, garrafas de refrigerantes, água, palito de churrasco e casco de coco ficam espalhados por todos os lados, contribuindo ainda mais com a sujeira do ambiente.
Moradora e proprietária do bar Oásis do Porto, Claudia Magalhães Castro e Silva informou que a situação está insuportável. Segundo ela, a farra começa às 14h30 e se estende até as 3 da manhã. Homens e mulheres são vistos praticando sexo, usando drogas e urinando a qualquer hora do dia e da noite na rua.
Ela relatou que quando os moradores reclamam, são ameaçados pelos frequentadores, sendo que os farristas argumentam que a rua é pública. “Somos obrigados a conviver com essa perdição.
Representantes da associação de moradores já realizaram várias denúncias junto aos órgãos competentes e ninguém faz nada para amenizar a situação. Um dos principais pontos turísticos da capital está abandonado”, desabafou.
“Eles ligam o som dos carros no último volume e ficam disputando entre eles qual é o melhor e a mulher que dança mais sensual. Não existe respeito nem com os moradores nem com os visitantes. Sem contar que o cheiro forte de drogas e de urina se espalha para todos os lados. Não sabemos mais o que fazer”, disse uma moradora que preferiu o anonimato.
Muitos banhistas também se dizem assustados com a situação. “Apesar de gostar da Praia do Porto, fico preocupado com as brigas e os assaltos que ocorrem com frequência. È comum observar as pessoas usando drogas a qualquer hora do dia. Deveria haver mais fiscalização”, disse o enfermeiro Alessandro Santos, que reside em Feira de Santana.
Por conta de um evento que acontecia ontem na região, uma equipe da Secretaria Municipal de Serviços Públicos e Prevenção à Violência (Sesp) esteve no local para tentar organizar o comércio formal e informal da área. Apesar de encontrar irregularidades, por conta do período eleitoral, os fiscais não puderam fazer nenhum tipo de apreensão, apenas orientavam os ambulantes sobre as irregularidades