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Os professores estaduais, em greve há 113 dias, sinalizaram, nesta
quarta-feira, 1º, com um possível acordo com o governo. Pela primeira
vez, a categoria indica que pode terminar o movimento mesmo sem o
pagamento do reajuste de 22,22%, que equipara o salário da categoria ao
piso nacional determinado pelo Ministério da Educação. Mais de um milhão
de estudantes estão sem aulas desde o dia 11 de abril e o ano letivo
está comprometido.
"Vamos encaminhar o fim da greve na assembleia de sexta (3) se o
governo se comprometer a cumprir uma pauta mínima, que inclui a não
punição dos professores em greve, pagamento dos salários confiscados,
devolução do dinheiro de contribuição sindical, retirada dos processos
judiciais e abertura da negociação", disse a vice-coordenadora da APLB
(sindicato dos docentes), Marilene Betros.
De acordo com ela, o pagamento do reajuste de 22,22% seria discutido
futuramente em mesa de negociação. Durante a assembleia desta quarta, o
coordenador da APLB, Rui Oliveira, ressaltou que os professores
resistiram à determinação do Tribunal de Justiça sobre a ilegalidade do
movimento, ao corte de salários dos grevistas e demissão de 157 docentes
do Regime Especial de Direito Administrativo (Reda), mas que era o
momento de recuar.
"Procuramos a Arquidiocese de Salvador, o Ministério Público Estadual, o
Ministério Público do Trabalho, mas o governo não cede e o ano letivo
está comprometido. Vamos tentar uma saída (por essa proposta). Entramos
unidos na greve e vamos sair unidos", diz.
Apesar de já ter sido informado sobre o novo posicionamento dos professores em relação aos ítens reivindicados, o governo do estado anunciou, através da sua assessoria de comunicação, que ainda não há um acordo estabelecido e que uma nova reunião para discutir o fim da greve também não está prevista.
Apesar de já ter sido informado sobre o novo posicionamento dos professores em relação aos ítens reivindicados, o governo do estado anunciou, através da sua assessoria de comunicação, que ainda não há um acordo estabelecido e que uma nova reunião para discutir o fim da greve também não está prevista.