Manifestantes que estavam no protesto reconheceram um dos policiais que participou da ação em Saramandaia e aos gritos de “assassino, assassino” colocaram para fora o sentimento de injustiça.
“Esse policial veio aqui hoje na cara dura. Fez o que fez e ainda assim deu às caras. Ele acha que lá no bairro só tem vagabundos e que todo mundo é traficante. Ele chegou lá desligando os holofotes do campo de futebol onde os meninos estavam e saiu atirando para todos os lugares, sem respeitar ninguém”, contou Jessé Cardoso, 33, tio de A.O.S.
Perda - Segundo alguns dos presentes no protesto, depois de tanta repressão por parte dos manifestantes, o policial apontado por eles se retirou e ficou dentro da viatura.
Amigo da família de A.O.S há muitos anos, Rogério Souza, 20, disse que a dona de casa Jaciene Conceição, mãe do menor, está hospitalizada. “Ela está quase morta no Hospital Geral do Estado de tanto sofrimento que está passando com a perda do filho”, afirmou.
A manifestação foi realizada na Av. Antônio Carlos Magalhães, embaixo da passarela do Detran, mesmo local onde aconteceu o primeiro protesto. A pista foi só foi destravada por volta das 17h30, depois de quase uma hora de interdição, o que deixou o trânsito lento na Avenida Paralela, sentido Iguatemi, e na Avenida Tancredo Neves.
Presente na manifestação de quarta, o major Jailson Damasceno, comandante da 1ª CIPM, informou que a ação policial está sendo apurada. “Já iniciamos as investigações desse caso. Entramos em contato com os familiares das vítimas e eles vão conversar com o Comandante Geral amanhã, às 10h, para contar a versão deles sobre o ocorrido”, disse.