sábado, 4 de agosto de 2012

Maconha: A porta verde do inferno",



. .O verde é símbolo da esperança, mas o homem vem distorcendo esse pensamento. Há quem diga que o verde é uma das portas do inferno.

Referimo-nos ao verde da canabis, conhecida no nosso país como maconha, que vem sendo considerada a “porta de entrada” para o individuo mergulhar definitivamente no cinzento mundo das drogas mais poderosas, como merla, crack, haxixe, etc.
Se foi usada pelos americanos como “soro da verdade” na 2ª guerra mundial, se tem sido utilizada para fins medicinais, de um outro lado, não podemos esquecer que ela tem sido responsável pela destruição de milhares de famílias, além de alimentar o crime organizado.
A ideia de que sua legalização traria arrecadações significativas no âmbito tributário, por si só não  convence.
Basta verificarmos que o tabaco, apesar de viabilizar nos E.U.A. uma arrecadação tributária de cerca de vinte e cinco milhões de dólares ao ano, reclama do governo gastos em torno  de duzentos milhões de dólares com o tratamento de doenças provenientes de seu consumo.
Não há arrecadação que pague a tristeza de uma mãe que perde o seu filho para a droga. Ela destrói famílias e a própria vida. O homem torna-se refém de traficantes. É incrível quantos usuários morrem e são mortos por dia em decorrência do poder nefasto das drogas.
Estados Americanos já autorizam o uso da maconha para fins medicinais através das farmácias. Acontece, porém, que dados da polícia americana demonstram que o índice de criminalidade nos arredores dessas farmácias cresceu significativamente. Inúmeras farmácias são mantidas pelo tráfico de drogas mexicano.
Infelizmente, nos últimos vinte anos a produção da maconha cresceu, em cerca de mil por cento. Nos anos 90, contávamos nos dedos aquelas pessoas de faziam uso da maconha. Hoje, ao revés, contamos nos dedos àqueles cidadãos que dela não fazem uso.
O alto índice da criminalidade, hoje, está umbilicalmente ligado às drogas. Com rotas e autorias conhecidas, causam espécie a acomodação, inércia e por que não dizer contemplação das autoridades, que assistem a esse crescimento vertiginoso da atividade criminosa relacionada ao tráfico de drogas, sem que adotem uma planejada e efetiva ação contra esse inimigo.
É preciso capacitar e incrementar o contingente policial, dotando-o de equipamentos eficazes e tecnologicamente mais avançados em relação aos utilizados pelo exército do tráfico. São poucas as clinicas para atender às vítimas das drogas, mesmo sendo uma questão séria de saúde pública.

Vejo também alguém falando em combater drogas, quando na verdade, primeiro deveria  assumir que é usuário e se tratar. Quem usa maconha ou qualquer outra droga contribui, decisivamente, para a expansão do crime organizado e para o dilaceramento da própria sociedade.      
Ou derrotamos esse inimigo, ou sucumbiremos.
Onaldo Queiroga – Pombalense – Juiz da 5ª Vara Cível