Criado em novembro de 2002, o
Centro de Apoio Pedagógico de Feira de Santana pode estar com os dias
contados, já que a Diretoria Regional de Educação (Direc 2) poderá
encerrar as atividades do pavilhão, localizado no bairro Kalilândia.
A unidade que atende a cerca de 600 crianças do ensino fundamental
funciona como anexo do Instituto de Educação Gastão Guimarães (IEGG),
atendendo a estudantes de 9 a 15 anos.
Para o diretor do IEGG, o professor Marcos Pereira, o desejo da escola é
continuar com o pavilhão anexo, que segundo ele tem atendido bem a
comunidade. “O espaço é adequado e isso tem feito nossa escola ter uma
boa reputação. Não temos alunos que morem próximos, porém procuram a
unidade escolar”, avaliou.
Segundo Pereira, a opção, com o futuro encerramento das atividades do
CAP, é juntar os menores com os estudantes do ensino fundamental no
prédio da escola, na Avenida Sampaio. O diretor nega que o fechamento
centro pedagógico tenha a ver com greve dos professores estaduais, que
durou 115, tendo em vista que já era planejado antes do movimento
paredista. “O argumento dado é que seria uma questão também de economia
do estado com o pagamento de aluguel e o pedido do prédio onde o centro
funciona”, explicou.
Para o diretor, a escola deverá buscar o diálogo junto a Secretaria de
Educação e não aceitará de forma passiva essa alteração, porém
compreende que quem terá que ser beneficiado em qualquer das hipóteses é
o alunado da unidade escolar. Com a enturmação prevista com o
fechamento do centro, Pereira contabiliza que restará um excedente de 20
professores, que terão que procurar outras unidades para trabalhar.
“Nenhum deles tem menos de quatro ou cinco anos que está aqui. Estamos
contra-argumentando, mas o que for determinado pela secretaria via
Direc, nós cumpriremos”, disse.
O professor acredita que o processo de aprendizagem melhora quando há
uma separação dos estudantes da educação fundamental do ensino médio.
Com informações do repórter Luiz Santos.