Alternativas para solucionar os problemas da região conhecida como
cracolândia, no entorno da área do Projeto Nova Luz, no centro da
capital paulista, não constam nas propostas enviadas ao TRE-SP
(Tribunal Regional Eleitoral) pelos candidatos que concorrem à
Prefeitura de São Paulo. A legislação eleitoral obriga os candidatos a
apresentarem propostas para governar a cidade, Estado ou país no ato do
registro da candidatura.
As campanhas, no entanto, argumentam que esse é um documento inicial
que apresenta apenas as diretrizes do governo, "uma carta de
compromisso", e que o programa completo, com o detalhamento das
propostas, é construído depois, ao longo da campanha.
Uma operação policial deflagrada em janeiro para tentar combater o
tráfico de drogas na cracolândia e retirar os dependentes químicos da
região rendeu críticas ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) e ao
prefeito Gilberto Kassab (PSD). O Ministério Público Estadual já se
pronunciou a respeito dos excessos cometidos e da ineficácia da ação,
que não conseguiu acabar com o tráfico, tampouco com o consumo da droga.
MAPA DA CRACOLÂNDIA
- (PSTU) sequer citam a cracolândia ou o crack.
Já o candidato Miguel Manso (PPL), considerando em sua proposta que São
Paulo deve ter “60 mil adictos [viciados]” em crack, diz que vai criar
um Conselho Municipal de Prevenção e Combate às Drogas e uma Secretaria
de Prevenção e Combate às Drogas.
No documento em que apresenta as diretrizes de seu governo, o candidato
Fernando Haddad (PT) fala em “promover medidas de enfrentamento ao
crack de forma integrada com as diretrizes dos eixos ‘Saúde acessível e
de qualidade’ e ‘Cidadania, Direitos e Dignidade Humana’”, sem citar a
cracolândia.
Já o candidato Levy Fidélix (PRTB) aborda a “construção do novo centro
administrativo da prefeitura na região da cracolândia (...) ajudando a
repovoar o centro de São Paulo”