)governador Jaques Wagner encaminhou, na segunda-feira, 9,
correspondência ao procurador-geral do Ministério Público do Estado da
Bahia, Wellington César Lima e Silva, e ao presidente do Tribunal de
Justiça da Bahia (TJ-BA), desembargador Mário Alberto Hirs, pedindo
intermediação junto à APLB-Sindicato para o fim da greve dos professores
da rede estadual.
No documento, o governador informa que a proposta apresentada, no dia
4 de junho, com aumento parcelado, continua válida. Esta terça, 10, é
considerada um dia decisivo para a greve dos professores, que completa
91 dias.
O secretário estadual de Educação, Osvaldo Barreto, confia que a
decisão do TJ-BA determinando a suspensão da greve promova o retorno dos
professores às salas de aula.
Já a vice-coordenadora da APLB, Marilene Betros, espera que o governo
retome as negociações com a categoria. Uma assembleia está prevista
para esta terça, às 9 horas. “Temos esperança de que seja solucionado.
Tudo depende da vontade do secretário Osvaldo Barreto”, afirmou a
vice-coordenadora.
Ela também afirmou que o departamento jurídico do sindicato está buscando reverter a decisão do TJ-BA.
Na última sexta-feira, a desembargadora Dayse Lago Coelho determinou
a imediata suspensão da greve, sob pena de multa diária de R$ 10 mil.
O secretário Osvaldo Barreto diz que, embora o sindicato afirme que
as escolas não estão em funcionamento, o retorno às aulas está
acontecendo de forma gradativa. Para ele, a decisão do TJ-BA é mais um
passo para que a greve seja finalizada.
Proposta - Balanço realizado pela Secretaria
Estadual de Educação (SEC), divulgado na última sexta, 6, aponta que
347 instituições de ensino ainda estão paralisadas. Destas, 246 estão em
Salvador e Feira de Santana.
“Em Salvador, algumas escolas já retornaram, mas a informação não
chega ao aluno. Posso garantir que trabalhamos todos os dias para que a
greve seja suspensa”, disse o secretário.
A proposta feita pelo governador Jaques Wagner em 4 de junho prevê
aumento de 7%, em novembro, para os professores com licenciatura plena
que passarem por cursos de qualificação e mais 7%, em abril do próximo
ano.
Somando este valor aos 6,5% já concedidos ao funcionalismo público
no início deste ano, o ganho chegaria perto dos 22%, exigidos pela
categoria. O sindicato recusa a proposta, alegando que ela exclui
aposentados e profissionais em estágio probatório e exige os 22,22%.