Da Redação, com informações de Luana Almeida
A vice-coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação
do Estado da Bahia (APLB), Marilene Betros, considerou "positiva" a
reunião com representantes do Ministério Público da Bahia (MP-BA),
ocorrido na tarde desta terça-feira, 10.
Segundo Marilene, a categoria pediu a anulação de determinações
judiciais acerca dos salários cortados e do congelamento das
contribuições recebidas pelo sindicato. Além disso, o sindicato
solicitou a suspensão dos processos administrativos-disciplinares
abertos contra os grevistas.
O MP-BA deve se reunir com o Governo da Bahia nesta quarta-feira para
apresentar o que foi discutido com os representantes da APLB. Uma nova
reunião com as três instâncias envolvidas já está agendada para a
quinta, 12.
Em greve há mais de 90 dias, os professores estaduais realizaram uma
assembleia nesta manhã, em que decidiram manter o movimento. A
paralisação continua pelo menos até a próxima sexta, 13, dia em que a
categoria vai fazer nova assembleia. Na ocasião, os docentes vão avaliar
o resultado da negociação com o governo intermediada por representantes
do MP-BA.
Apesar de manter a greve, a vice-coordenadora da APLB, Marilene
Betros, comemora a intervenção do MP. "Estamos contentes por ter essa
previsão de negociação. Esperamos que a partir de agora chegue a um
acordo. Estamos felizes com a atuação do MP", diz a sindicalista.
O MP decidiu intermediar a negociação entre o governo e professores após os docentes pedirem no último dia 5 a intervenção do órgão. No dia seguinte, o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) considerou a greve ilegal e determinou a suspensão imediata do movimento, o que não aconteceu.
Com a paralisação, mais de um milhão de alunos estão prejudicados. Estudantes do 3º ano voltaram às salas de aula desde o dia 25 de junho, mas criticam o conteúdo das atividades.