O primeiro dos 384
aulões que serão promovidos pelo governo baiano para alunos do 3º ano do
Ensino Médio da rede estadual, na tarde desta quarta-feira (27), foi
marcado pela presença de pelo menos 400 estudantes e pela manifestação
de professores, em greve há 79 dias. Enquanto no auditório da Escola
Parque, no bairro da Caixa D’Água, o professor Jorge Portugal comandava a
aula, do lado de fora do colégio dezenas de grevistas protestavam
contra o anúncio do contrato de R$ 1.591.774,80 para a realização do
projeto. “Nossa manifestação é em repúdio a este contrato com valor
astronômico”, queixou-se Zenaide Barbosa, que integra o comando de
greve. A direção do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da
Bahia (APLB) acusa o governo de usar a estratégia para tentar fragilizar o movimento.
De acordo com a Secretaria Estadual de Educação (SEC), cada evento
custa R$ 4.145, destinados a pagamento de pessoal e infraestrutura.
Portugal, coordenador da iniciativa, preferiu não entrar em polêmica e
elogiou o esquema de aulões. “Os professores estão preparando estes
alunos da mesma forma que preparam os estudantes da classe média, que
podem pagar pela informação”, exaltou. Informações do jornal A Tarde.