Após a última rodada de negociação entre os professores da rede
estadual de ensino, representados pelo Sindicato dos Trabalhadores em
Educação do Estado da Bahia (APLB) e o governo do estado, realizado no
dia 5 de junho, a categoria voltará a se reunir amanhã para novamente
negociar com o governo uma saída para o movimento paredista, que já dura
61 dias.
Para o secretário de Comunicação Social, Robinson Almeida, em entrevista ao radiojornalístico Bom Dia FEIRA,
são dois meses de prejuízos para os estudantes da rede pública. O
secretário explica que em 10 de abril, um dia antes de ser deflagrada a
greve foi apresentada uma proposta pela APLB como reajuste sendo
transformado em progressão de carreira em dias vezes de 7%, contemplando
os professores licenciados através de um curso.
“A diferença é que o sindicato reivindicava que fosse pago em 2012 e o
governo mantém que não há previsão orçamentária para este investimento,
tanto que propõe dividir para novembro de 2012 e abril de 2013”,
explicou.
De acordo com Almeida, um levantamento aponta que metade das escolas
estaduais (49%) está em funcionamento, principalmente nas cidades
menores. “A greve tem uma força maior nos municípios grandes, como
Salvador, Feira de Santana e outros. Esse processo está comprometendo o
ano letivo e aqueles que vão prestar vestibular e o ENEM”, observou.
O secretário defendeu que a greve estase tornando um movimento
intransigente. Ele comparou o movimento às greves dos rodoviários na
Bahia e metroviários em São Paulo, que terminaram as negociações e
voltaram às atividades. “É inexplicável por que mesmo rendo um ganho
real de 22 a 26% os professore mantém a greve, por uma ideia fica de 22%
para todos”, disse Almeida.
O governo espera uma saída negociada para a greve amanhã e caso os
professores retornem as aulas o planejamento para a reposição de aulas
contará com uma carga horária maior, com os estudantes em sala de aula
nos fins de semana. “Feito plano reposição, os salários não pagos serão
quitados”, disse.
Caso os docentes mantenham o movimento, os diretores responsáveis pelas
Diretorias Regionais de Educação (DIREC) já receberam orientação para
imediatamente reiniciar as aluas no 3º ano do Ensino Médio. “Se for
necessário vai contratar estagiários, professores em regime REDA pata
colocar em ação essa parcela de estudantes”, declarou.