No Dia Mundial sem Tabaco, lembrado
nesta quinta-feira (31), a Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta
que o uso de produtos derivados do fumo é a segunda causa de mortalidade
no mundo, respondendo por um em cada dez óbitos registrados entre
adultos. O fumo só perde, em número de mortes, para a hipertensão.
O tema deste ano é Interferência da Indústria do Tabaco. O objetivo é
expor e combater tentativas consideradas pela OMS como “descaradas e
cada vez mais agressivas” de minar os esforços no controle da
substância.
Umas das críticas aborda, por exemplo, ações para acabar com as
campanhas de advertências sanitárias que ilustram as embalagens de
cigarro. As empresas, de acordo com a OMS, têm processado países,
utilizando como argumento tratados bilaterais de investimentos e
alegando que as imagens e os dizeres atingem o direito de utilizar
marcas legalmente registradas.
Outro problema citado pela entidade trata das tentativas, também por
parte da indústria do tabaco, de acabar com leis que proíbem o fumo em
locais públicos fechados e que limitam a publicidade de produtos
derivados da substância.
O fumo é considerado pela OMS como uma das principais causas
preveníveis de morte em todo o mundo. Entretanto, o cenário traçado pelo
órgão é de epidemia global, já que o tabaco mata quase 6 milhões de
pessoas todos os anos – mais de 600 mil delas são fumantes passivos.
“A menos que tomemos uma atitude, o tabaco vai matar mais de 8 milhões
de pessoas [ao ano] até 2030, sendo mais de 80% em países de baixa e
média renda”, ressaltou a OMS, em nota.