terça-feira, 15 de maio de 2012

Impasse continua entre professores e governo



Bárbara Silveira, com informações de Luana Almeida
Há 35 dias em greve, os professores da rede estadual de ensino da Bahia realizaram mais uma reunião na manhã desta terça-feira, 15, na Assembleia Legislativa do Estado da Bahia, no CAB.
No encontro, representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB) apresentaram propostas de mobilizações para serem realizadas durante a semana. Por conta da paralisação, mais de um milhão de alunos estão sem aulas na capital e no interior do estado, o que compromete o ano letivo dos estudantes.
De acordo com o primeiro-secretário do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB-Sindicato), Rui Oliveira, a greve está, agora, passando por uma fase crítica, pois ainda não houve negociação por parte do governo estadual. Ele afirmou, no entanto, que o movimento está firme e  está procurando dialogar com instâncias superiores, como o Ministério da Educação (MEC).
“Estamos tentando estabelecer esse diálogo para conseguirmos o que estamos propondo. Até lá, a greve continua”, afirmou.
Ainda de acordo com ele, um documento que denuncia a quebra do acordo feito entre os professores e o estado da Bahia foi enviado ao Ministério da Educação na semana passada. O órgão se comprometeu a enviar um parecer sobre o tema até o final da tarde desta terça-feira.

Reivindicações da categoria - Os professores reivindicam o reajuste salarial de 22,22%, que segundo eles, foi acordado com o governo do estado. Caso o valor fosse reajustado, o salário dos docentes baianos seria igualado ao piso nacional do magistério, que determina o Ministério da educação.
Porém, o governo do estado oferece o reajuste de 6,5% para todos os professores e  22,22% apenas para professores que lecionem para o nível médio.

Mobilizações - De acordo com o primeiro-secretário da APLB, a categoria está organizando uma série de eventos para essa semana.
Nesta sexta-feira, 18, a APLB promove, às 9 horas, uma caminhada com saída no Largo dos Mares até a Igreja do Bonfim, com baianas e banda. “O movimento pretende fazer uma grande lavagem para chamar a atenção da população e dos governantes”, explicou a vice coordenadora da APLB, Marilene Bertros.
A próxima assembleia para definir os rumos da greve será realizada na terça-feira, 22.