Associação popular mostra
que fazer política não é só
para políticos
E enquanto muitos brasileiros
continuam acreditando
que a participação política
termina com o voto e que política é
algo exclusivo para políticos, outros
decidiram sair do segundo plano
para tomar a frente de projetos e
fazer parte história do País.
Nesse contexto, as organizações
não-governamentais (ONGs), que
chegaram ao Brasil no fim dos anos
1980, e as associações de bairro são
uma alternativa. Em lugares onde as
políticas públicas não chegam, o
esforço empenhado por essas entidades
adquiriu uma importância primordial
para garantir condições mínimas
de sobrevivência para muitos.
O trabalho desenvolvido pela
Associação Amigos do JardimLavínia,
que fica em uma região carente
São Bernardo do Campo, é um
exemplo disso. Criada em1959 com
o objetivo de organizar atividades
recreativas, a entidade adquiriu um
novo papel há pouco mais de 4
anos, quando Dielson Campos Doria
assumiu a presidência com o
apoio do colega e morador do bairro,
Jota Cláudio. Juntos eles iniciaram
o trabalho social da associação,
que hoje atende mais de 200
pessoas e fornece 12 cursos.
A assistente social da entidade,
Thais Figueira Marzolla, relatou que
as dificuldades para manter a instituição
foram grandes no início. “A
associação não tinha fundos para
ampliar o trabalho”. Porém, a parceria
com a escola de samba do bairro,
o Grêmio Recreativo Cultural
Beneficente do Jardim Lavínia, mudou
a história da entidade. “Com a
parceria, a associação conseguiu participar
do programa Casa Brasil do
governo federal, que forneceu uma
verba para viabilizarmos o espaço
que temos hoje”, completou Thais.