Fernando Amorim /Agência A TARDE
Manifestantes do Desocupa no último dia 20, na Praça Municipal
No último dia 20, o “Desocupa”, que critica leis de ordenamento urbano recentemente aprovadas, reuniu mil pessoas em frente à prefeitura, convocadas pelas redes sociais.
O movimento – originalmente contra a ocupação de espaços públicos pela iniciativa privada e que passou a adotar como bandeira o impeachment do prefeito João Henrique (PP) – é ignorado pela prefeitura. “Não falaremos sobre isso”, disse o secretário de Comunicação, Diogo Tavares.
“Essas manifestações podem tornar o debate político mais denso e inibir o apetite de desmonte dos patrimônios urbano, ambiental, cultural e moral de Salvador”, avalia o cientista político Paulo Fábio Dantas, que apoia o movimento, mas defende a participação de partidos. “Não se deve combater o discurso, mas sim o descumprimento de promessas”, observa. “Não existe democracia sem isso”, diz o cientista.