sábado, 8 de outubro de 2011

Santo Estevão, “homem do Caminho”


Minha adorada Santo Estevão, pela vez primeira quero dirigir-te e aos teus valores filhos algumas palavras.  É que não foi por acaso que te deram esse nome abençoado, visto que, nesse mundo tudo é sintomático, já que “não cai uma folha duma árvore, nem um fio do cabelo da cabeça, sem o consentimento do Divino”. A raiz do teu nome remonta a um jovem, Estevão que, há dois mil anos, como “homem Caminho”, (caminho era o nome dado aos que seguiam Cristo), seguindo as pegadas do Cristo, foi o primeiro mártir a morrer apedrejado por apregoar a verdade acerca da vida, morte e ressurreição do Rabí, que se imolou para redimir com o seu sangue, aquela sociedade materialista e pagã que ainda sacrificava seres humanos em homenagem aos deuses, fato este que ainda vivemos em nossos dias, ao menos em parte do mundo Oriental e parte do Ocidental com suas penas de morte.
           Aquela época o Cristianismo modificou muito o decálogo de Moisés e o mundo de então se transformou profundamente em todos os sentidos falando, com uma simples frase: ”ama o teu próximo como a ti mesmo!” Mas essa palavra AMOR só foi confirmada e pelo mundo espalhada, quando Cristo ressuscitou, porque até então os Apóstolos não sabiam o que fazer. Então, eis que o Mestre apareceu aos onze discípulos e daí por diante são todos tomados do ”Espírito Santo”, começando a falar em outras línguas e se dispersando sob o comando de Pedro, pela Ásia Menor, Norte da África e Jerusalém, iniciando-se as peregrinações e pregações, seguidas de novos milagres e conversão de multidões.
            Dentre esses pregadores, Estevão se destacava por sua inteligência ao debater com os Rabinos, sendo acusado falsamente de increu, perseguido e morto a pedradas, sob os olhos de Saulo, que a tudo assistia! Logo em seguida, no ano 36 DC, matam a Tiago (primo de Jesus), na própria Jerusalém ; com isso os Apóstolos demais continuaram sua jornada levando o nome do Cristo e seus feitos e foram tombados paulatinamente ao tempo em que criavam novos seguidores, contagiando toda Ásia Menor, índia, Pérsia e até Roma. Assim é que Thomé morreu na Índia, com uma flechada, Bartolomeu morreu crucificado na Armênia, Tiago o maior, 1º bispo de Jerusalém, teve a cabeça esmigalhada por um  martelo, em 62 d.C, e antes fora apedrejado e, após, atirado do alto de uma pedra; André, queimado, pés e mãos atadas a uma enorme cruz em forma de X, em Patras, Grécia; Filipe, apedrejado na Frigia, Ásia Menor e Simão e Tadeu também morreram apedrejados na Pérsia, cidade de Sausier. S. Pedro e S. Paulo mortos em Roma, ano 68 e 69, sendo que o primeiro optou pela crucificação de cabeça para baixo por não se julgar digno de selo de pé, qual o seu divino Mestre; S. João, que era o mais jovem dos Apóstolos e que assistiu a morte no gólgota, ao lado das Marias, escreveu o Evangelho, duas Cartas e o Apocalipse, sendo exilado em Éfeso e, posteriormente, na Ilha de Patmos, onde escreveu o Apocalipse, retornando a Éfeso ate a morte de Domicisno, último Cezar secundado em ano de 96 por Trajano; dizem até que foi jogado em um caldeirão com óleo fervente e saiu ileso; S. Matias, substituto de Judas Iscariotis, teve a cabeça decepada na Judéia.
Quanto a São Marcos, foi para Alexandria-Egito e, segundo os Atos, séc. IV teria sido acorrentado e arrastado pelas ruas e, depois preso, torturado e ateado fogo, sendo salvo pelos fiéis, vindo a morrer dias após. Esse fim trágico que tiveram os apóstolos desde o ano 36 ao ano 97 e seguinte até o 314 quando Valério, que foi curado de uma doença grave que nem médicos, nem os deuss pagãos deram jeito, e Constantino que invocaram os Deuses cristãos e foram bem sucedidos, um se curando o outro vencendo uma batalha decisiva para o Império. Como vemos só uma fé acendrada, inquebrantável nutria o ânimo e o espírito desses punhados de homens rústicos, baseada em fatos que vivenciaram praticados pelo divino Rabí, para sem nada lucrarem, saírem afrontando os Poderes constituídos. Os Rabinos é uma religião pagã arraigada há mais de seis mil anos e que lhes proporcionavam toda espécie de formação e gozos materiais nesta vida, e deixarem-se arrostar com as conseqüências as mais graves como perseguição, desprezo, insultos e sacrifícios de muitos deles com a própria vida.
           Todos esses fatos acima descritos, ou era muita fé ou loucura, ignorância, fanatismo inexplicável; enquanto Cristo só apregoava amor, despreendimeto, humildade, caridade e outra vida espiritual após está material e expiatória , de aperfeiçoamento. É dessa fé que imbuiu o nosso mártir Estevão, os Apóstolos e todos os demais seguidores que alicerçaram o Evangelhos-pregação, ás escondidas, quais os “Crentes” há 70 anos atrás no Brasil, (lembre-se do saudoso Viriato e Arlindo), apedrejados em nossas praças , é sim, dessa Fé que gostaria que os meus conterrâneos embebessem, saciassem, se embriagasse, para, seguindo do exemplo do nosso padroeiro, amarmo-nos, doarmo-nos, mutuamente, sem discriminações, e se necessário, chegando ao próprio execício, afim de que o Evangelho Eterno se implante em nossos corações e concluamos, plenos de amor, essa tarefa, ciclo final de evolução da nossa Civilização, ainda por demais imperfeita e que só depende de cada um de nós nos determinarmos a tomarmos iniciativa, o que espero desde já, eis que o tempo urge! S. Estevão, tu foste a faísca que incendiou esse braseiro, que serve de luzeiro a iluminar a humanidade, mas cuja solução é Deus, pois metade do Ocidente dito Cistão e todo Oriente ainda são PAGÃOS!

Por Almir Marques Fonseca
Escritor e Advogado


Fonte: http://folhadoparaguassu.blogspot.com