De acordo com uma pesquisa realizada com pacientes atendidos em uma  unidade de tratamento de alcoolismo da zona sul de São Paulo, em cinco  anos, 17% dos que procuraram ajuda morreram. "É um número altíssimo. Na  Inglaterra, o índice não ultrapassa 0,5% ao ano", diz o psiquiatra  Ronaldo Laranjeira, coordenador do estudo, ao jornal O Estado de S.  Paulo. Outro levantamento do mesmo pesquisador feito entre usuários de  crack demonstrou que 30% morreram em um período de 12 anos. "Naquela  mostra, a maior parte dos pacientes morreu nos primeiros cinco anos.  Podemos dizer que os índices estão bastante próximos", ressalta. O  trabalho mostra que, entre sujeitos que consumiram álcool, o risco de  estar envolvido com crime era 4,1 vezes maior do que entre os abstêmios.  A pesquisa conclui ainda que atividades religiosas exercem um efeito  protetor sobre os dependentes. Entre os que pertenciam a algum grupo.  Dos entrevistados que faziam parte de algum grupo religioso, 30,6% não  tiveram participação em crime.