Os órgãos que cuidam de dependentes em Teresina são os centros comunitários. "Estão todos lotados. Vamos fazer uma reunião na próxima semana para ver uma solução. Precisamos agora partir para o combate. A sociedade culpa os gestores, mas a família precisa abraçar essas crianças, antes que a droga chegue", disse Miranda Neto, em entrevista ao Jornal do Piauí.
A maior preocupação agora, segundo o coordenador, é a chegada da oxi, nova droga mais letal do que o crack. A Polícia Rodoviária Federal alertou, no início do segundo semestre do ano passado, para a chegada da droga no Estado.
O coordenador da Fazenda da Paz, Célio Barbosa, também já afirmou que há muitos dependentes de oxi sendo cuidados no local.
Conhecida como a “droga da morte”, o OXI é mais letal que o crack e já é facilmente encontrada em vários estados do norte e nordeste do país. A droga entra no país pela Bolívia, na fronteira com o Acre. As pedras amareladas de oxi já foram apreendidas no Acre, Amazonas, Pará, Rondônia, Amapá, Maranhão, Piauí e Goiás. O OXI é um crack de pior qualidade, processados com insumos básicos diferentes. A diferença dela para o crack está na elaboração do produto, em vez de adicionar bicarbonato e amoníaco ao cloridrato da cocaína os traficantes adicionam querosene e cal virgem. "As pesquisas mostram que os usuários vão a óbito em menos de um ano. Isso ocorreu com 30% dos usuários”, destaca o inspetor da Polícia Rodoviária Federal Francisco Sobrinho.
Fonte: Diário do Nordeste