quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Onda de contestação popular no Oriente Médio faz 17 mortes em 48 horas

Uma onda de manifestações sem precedentes contra vários regimes autoritários estabelecidos há décadas, no Oriente Médio, prosseguia nesta quinta-feira, sendo reprimida à força. Foram, pelo menos, 17 mortos em Líbia, Bahrein, Iêmen e Iraque, em 48 horas.
A revolta popular na Tunísia e no Egito, onde os presidentes Zine El Abidine Ben Ali e Hosni Mubarak foram tirados do poder, encorajou os movimentos de protestos em outros países árabes, tendo em comum a ausência de democracia, somada à corrupção, nepotismo e a problemas econômicos e sociais.
Ante os protestos, a comunidade internacional, com os Estados Unidos na liderança, assim como as organizações de defesa dos direitos do Homem pediram aos dirigentes que não recorram à violência contra os manifestantes, ouvindo suas queixas.
Na Líbia, apelos foram feitos através do Facebook à realização de um "Dia da Ira" contra o regime do coronel Muammar Kadhafi, no poder há 42 anos. Seis pessoas foram mortas em Benghazi, a segunda cidade do país, segundo sites da oposição no exterior.  

http://www.jb.com.br/internacional/noticias/2011/02/17/onda-de-contestacao-popular-no-oriente-medio-faz-17-mortes-em-48-horas/
"Confrontos violentos" entre forças da ordem e manifestantes neste feudo da oposição, situado a 1.000 km a leste de Trípoli, fizeram também 35 feridos, segundo os sites Al Youm e Al-Manara.
O movimento de contestação na Líbia começou na terça-feira em Benghazi, onde 38 pessoas ficaram feridas. A cidade de Al-Baïda, a 1.200 km a leste de Trípoli, foi invadida pelos protestos, durante os quais duas pessoas morreram na quarta-feira, segundo o jornal líbio Quryna.
Manifestações violentas aconteceram em Zenten (145 km a sudoeste de Trípoli) onde várias pessoas foram detidas e prédios públicos e da polícia foram incendiados, relatou o Quryna em seu site, mas não houve vítimas.
Ante as manifestações hostis, centenas de partidários do coronel Kadhafi foram à Praça Verde, no centro de Trípoli, poupada até então pelas concentrações contra o governo