A arquidiocese de Feira de Santana, através da Pastoral Carcerária realizou no último sábado (18) a celebração do natal para os detentos do Presídio Regional de Feira de Santana. Estiveram presentes na missa mais de 80 presidiários, onde além da celebração participaram de uma confraternização natalina.
Na oportunidade, membros da Pastoral Carcerária levaram vários presentes. Para o coordenador de vigilância, Everaldo Adeodato, o momento natalino é fundamental para quem está preso; “É uma parceria necessária para a Unidade de Segurança, vejo o momento como uma atitude que acalma a muitos presos que tem desejo de sair para passarem o natal em casa, mas que em determinados casos não saem”, disse.
O arcebispo Dom Itamar falou da importância do natal para os presos
Questionado pela nossa reportagem, o coordenador de vigilância informou que nem todos os detentos são liberados para participarem da missa por se tratar também de preservar a segurança de quem realiza o momento.
De acordo o arcebispo Dom Itamar Vian, a celebração do natal para os presos é mais um momento que marca a arquidiocese de Feira de Santana, uma vez que é realizado um trabalho social com os considerados excluídos da sociedade. “Acredito que a dimensão religiosa é imprescindível para ajudar a quem está por trás das grades de ferro, penso que isso também ajuda no trabalho de recuperação na dignidade, tanto no presídio e depois na própria sociedade ”, destacou o arcebispo, enfatizando que “quem está preso deve sempre cultivar a esperança de sair e preencher de maneira difereciada as páginas em branco que é concedida a cada dia para o ser humano”, salientou.
Além do arcebispo também participou da celebração, o padre jesuíta Hipólito, conhecido como Popó. "É um momento forte e positivo para a arquidiocese, que todos os leigos se espelhem na Pastoral Carcerária, uma vez que aos que não desejarem ir no presídio, que visitem as famílias, levem uma palavra de conforto, pois isso também é fazer pastoral carcerária", comentou.
Ainda conforme o padre Popó, a participação dos detentos da Unidade de Segurança de Feira de Santana deveria ser pensada de maneira diferente. "Que os agentes e a direção da unidade escolhessem para a celebração aqueles que realemte desejam, os que são católicos", disse.
Texto e foto: Clécia Rocha
Jornalista em formação