terça-feira, 23 de novembro de 2010

Jornalista da Globo fala da paixão que tem pela profissão

Polêmicas e questionamentos. Estes são os fatores que estão fazendo parte nas rodas de bate papo dos estudantes de jornalismo, que após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), oficializou a não obrigatoriedade do diploma para os que pretendem exercer a profissão. Este foi o fato que motivou o desanimo para muitos que desejam seguir carreira de jornalista.
Para Mariana Ferrão, repórter de um programa de circulação nacional veiculado aos domingos pela Rede Globo, o fato do STF determinar a não obrigatoriedade do diploma não é motivo para desanimo de quem pretende seguir carreira. “Para ser jornalista é preciso ser apaixonado pela profissão, caso não seja desista desde já, pois é uma profissão cansativa, onde temos que ter boa parte do nosso tempo disponível, mas é uma profissão que vale muito a pena, uma vez que temos oportunidades de conhecer lugares diferentes e isso é fundamental na carreira, pois nos oferece uma grande experiência”, enfatizou.
Ainda de acordo Ferrão, o jornalismo dá a oportunidade que assim como o estudante, mas também ao profissional, de conhecer várias situações e de também vivenciar fatos que são totalmente diferentes da teoria. “Com o cansaço, a ida até o local, o contato, a prática em si é fundamental para o êxito na profissão”, contou a jornalista.
Ainda conversando com Mariana Ferrão, ela enfatiza para a nossa reportagem que para ser jornalista, além da aptidão pessoal é fundamental que se tenha vontade, “Gostar de trabalhar, ter disposição a todo momento, enxergar notícia desde quando sai da redação até o momento que vai ao cinema com o marido”, disse a jornalista, acrescentando que, “é preciso também que o repórter, ou aquele que almeja ser jornalista tenha paciência, vontade e conhecimento, além de todos esses fatores, para exercer o trabalho como repórter, ele tem que está ciente de que irá perder os finais de semana para fazer matéria, que vai chegar as madrugadas em casa, perder festas de natal em família, reveillon, aniversário de parentes e muitas outras coisas ”, contou Ferrão.
Durante a entrevista a repórter também faz uma alerta para o estudante que está em fase de conclusão de curso. “ Nós sabemos que a pessoa quando sai da faculdade tem muita vontade de colocar em prática o que aprendeu e em muitos casos o mercado de trabalho se encontra um pouco travado, mas isso não é motivo de ficar desanimado, pois ninguém, em qualquer profissão sai da academia com o emprego dos sonhos, é preciso que tenha paciência e também persistência”salientou, aconselhando que, “enquanto não está trabalhando é essencial fazer uma atividade que também vai controlar a ansiedade, vejo como fundamental fazer um curso de inglês porque a empresa que o jornalista tem pretensão de entrar pode exigir alguma língua ”, ressaltou.


Curiosiodades da repórter

 Mariana Ferrão "Não vejo outra profissão, eu realmente sou apaixonada pelo jornalismo"
Falando da sua vida particular e mudança de empresa, a jornalista declarou para a nossa reportagem todo o seu processo de transição da TV Bandeirantes para a Rede Globo, onde assumiu a função de repórter no programa Fantástico. “Trabalhei na Band durante oito anos, minha carreira iniciou por lá, considero a Band como uma empresa incrível para se trabalhar, pois lá nós temos oportunidades incríveis, no meu caso fui repórter e produtora da rádio, depois trabalhei no canal 21 que é o UHF da Band. Antes de tudo isso eu tinha feito estágio na Globo e sabia que tinha ficado em uma boa posição por lá, mas antes disso eu já havia sido editora do tempo na BAND que foi quando o Carlos Nascimento saiu, e após isso comecei a apresentar o jornal , sendo assim, quando você está na bancada sua exposição aumenta porque você está todos os dias no ar no mesmo horário e após isso fui chamado para Globo”, contou.
Ainda de acordo Ferrão, ser repórter do Fantástico é incrível, pois é um lugar onde o profissional tem a capacidade de trabalhar todas as suas aptidões como jornalista, isso porque o repórter não é só quem entrevista, mas sim quem apura, quem anda na rua, que está o tempo inteiro pensando empauta e enxergando nas pequenas coisas grandes matérias. “O Fantástico é um programa que te faz abrir os olhos para a realidade desde o momento que acorda até a hora de ir para casa da família, ele também nos proporciona a fazer coisas incríveis e é por isso que é conhecido como o show da vida”, declarou Mariana.

Texto e foto: Clécia Rocha