domingo, 29 de agosto de 2010

IX Parada Gay atrai multidão para Feira de Santana

Com a Avenida Getúlio Vargas preenchida pelas cores do arco-íris, o GLICH (Grupo Liberdade Igualdade e Cidadania Homossexual), realizou no último domingo (29), a IX Parada Gay, que este ano trouxe o tema “Travestis e Transexuais, nem fenômeno nem aberração apenas cidadãs”.

De acordo Fábio Ribeiro, presidente do GLICH em Feira de Santana, uma das idéias do tema deste ano é homenagear a todas as travestis que sofreram violência e que também foram mortas. “Um das propostas do movimento gay em Feira é também protestar pelo fim da violência homofóbica na Bahia e no Brasil, mostrando assim a sociedade, que ser gay não é ser diferente”, disse.

"Pessoas de Feira de Santana e outros estados participaram da IX Parada Gay"


"Durante a parada, gays animavam em cima do trio ao som do DJ Márcio"

“Nos últimos anos tivemos um número alto de assassinatos e violações contra as travestis, então a Parada Gay escolheu o tema para refletir sobre as violações e pedir para que a população ajude na luta contra o preconceito”, disse Fábio Ribeiro, enfatizando que, “a luta contra o preconceito não deve parar e toda sociedade deve também está inserida neste protesto”, acrescentou.

"Gays de vários estados participaram da parada gay de Feira"

Apoio

Inseridos no trabalho de combate as Doenças Sexualmente Transmissíveis, profissionais do Centro de Referência DST/AIDS de Feira de Santana distribuíram durante a IX Parada Gay dez mil preservativos. Conforme o enfermeiro Walterney Morais, coordenador do Programa DST/AIDS na região, os GLBTS (gays, lésbicas, bissexuais e transexuais) não representam o grupo de risco de pessoas infectadas pelo vírus da AIDS.

Ainda de acordo Walterney Morais, a última estatística feita apontou um saldo de 1.058 casos de pessoas com o vírus do HIV, sendo que, do total, 824 são heterossexuais, 125 homossexuais e 67 bissexuais.

Em entrevista exclusiva para a nossa reportagem, Walterney fala que a AIDS não pode mais ser considerada como atestado de óbito.


Texto: Clécia Rocha
Foto: Willy Britto/Acorda Cidade