Ordem de prisão contra deputado foi expedida nesta terça (4) pelo STF.
Cunha deverá cumprir inicialmente pena de 6 anos e 4 meses de prisão.
O deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP) se entregou no Complexo
Penitenciário da Papuda, nos arredores de Brasília, na tarde desta
terça-feira (4) para iniciar o cumprimento da pena imposta no processo
do mensalão. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro
Joaquim Barbosa, assinou o mandado de prisão no início da tarde.
O deputado João Paulo Cunha (PT-SP) almoçou na
segunda (3) com manifestantes petistas acampados
em frente ao STF (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)
segunda (3) com manifestantes petistas acampados
em frente ao STF (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)
Um dos poucos condenados da ação penal 470 que permanecia em liberdade,
o parlamentar petista passou a manhã em seu apartamento em Brasília.
Mais cedo, o advogado Alberto Zacharias Toron, que defende o
parlamentar, viajou de São Paulo para Brasília na expectativa da ordem de prisão.
Com Cunha, são 18 os presos por ordem do Supremo no processo do
mensalão - deles, José Genoino está em prisão domiciliar. Outros três
cumprem penas alternativas, dois aguardam julgamento de recurso (João
Cláudio Genu e Breno Fischberg), um está foragido (Henrique Pizzolato) e
outro aguarda definição sobre início do cumprimento da pena (Roberto
Jeferson).
Durante a tarde, havia a expectativa de que João Paulo Cunha
comparecesse a ato no estacionamento entre o Supremo e o Congresso, onde
um grupo de militantes do PT está acampado desde novembro do ano
passado em apoio aos petistas presos - nesta segunda, ele almoçou com os militantes.
A filha do parlamentar, Juliana, esteve no local, mas não quis falar
com a imprensa. Ela foi embora pouco antes de o assessor do deputado
anunciar, em meio ao evento, que Cunha já tinha se entregado diretamente
na Papuda.
Condenado a 9 anos e 4 meses por peculato, lavagem de dinheiro e corrupção passiva em regime fechado, João Paulo Cunha
deverá cumprir inicialmente a pena de 6 anos e 4 meses no semiaberto,
que dá direito a autorização para trabalho externo durante o dia, porque
tem recurso pendente em relação à pena de lavagem, cuja punição é de
três anos.
Férias de Joaquim Barbosa
Antes de Barbosa sair de férias no começo de janeiro, ele decretou o fim do processo do mensalão para Cunha, mas não expediu o mandado de prisão. Barbosa reassumiu a presidência do tribunal nesta segunda e, nesta terça, expediu o mandad
Antes de Barbosa sair de férias no começo de janeiro, ele decretou o fim do processo do mensalão para Cunha, mas não expediu o mandado de prisão. Barbosa reassumiu a presidência do tribunal nesta segunda e, nesta terça, expediu o mandad