Militantes do grupo terrorista Estado
Islâmico (EI) divulgaram, nesta terça-feira (3), um vídeo que mostra o
piloto jordaniano Moaz al-Kasasbeh, 26 anos, sendo queimado vivo. O
primeiro-tenente foi capturado no fim de dezembro, na Síria, e tinha sua
libertação condicionada à soltura da mulher-bomba Sajida al-Rishawi
pela Jordânia.
De
acordo com informações do site 'Daily Mail', a filmagem de 22 minutos,
intitulada "Healing the Believers' Chest" (em português, Curando o Peito
dos Crentes), mostra o piloto vestindo um macacão laranja, preso dentro
de uma jaula, com um rastro de petróleo que chega até o interior das
grades.
No vídeo, Kasasbeh aparece com diversos hematomas do
rosto, culpando o governo da Jordânia por sua morte, a exemplo do que
aconteceu com outros reféns estrangeiros. Nas chocantes imagens, é
possível ver o piloto sendo queimado vivo, aos gritos, acompanhado de
perto por um esquadrão de fuzileiros.
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Imagem divulgada pelo Estado Islâmico mostra o piloto jordaniano (de branco) capturado.(Foto: AFP)
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O
governo da Jordânia confirmou a morte através de sua televisão estatal,
e afirma que ela ocorreu no dia 3 de janeiro. Esta foi a primeira
execução de reféns internacionais por imolação - geralmente, os reféns
são executados por decapitação.
O vídeo foi divulgado dias após os japoneses Haruna
Yukawa e Kenji Goto terem sido executados por extremistas do Estado
Islâmico. O jornalista Kenji Goto foi assassinado na última sexta-feira (30),
após o fim do prazo que o grupo deu para que a mulher-bomba iraquiana,
que foi condenada à morte na Jordânia por participar de atos
terroristas, fosse libertada. O grupo havia dito que caso ela fosse
solta, Goto e o piloto jordaniano seriam libertados.
CapturaNo
fim de dezembro, o piloto teve seu avião abatido por um míssil enquanto
sobrevoava a cidade síria de Raqqa. Aos 26 anos, o primeiro-tenente foi
feito refém, sendo o primeiro caso de incidentes com a coalizão militar
liderada pelos EUA contra o grupo extremista.
Originalmente, o Estado Islâmico pediu US$ 200
milhões pelas vidas dos reféns japoneses, mas após matar Yakawa, exigiu a
libertação da mulher-bomba Sajida al-Rishawi em troca das vidas e da
possível libertação do piloto Moaz al-Kasasbeh e do jornalista japonês
Kenji Goto.
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Kenji Goto foi executado após
o fim do prazo que o Estado Islâmico deu para que a mulher-bomba
iraquiana, que foi condenada à morte na Jordânia por participar de atos
terroristas, fosse libertada. (Foto: Reprodução)
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A
mulher-bomba, ligada à al-Qaeda, foi condenada e detida na Jordânia por
seu envolvimento nos atentados de Amã em 2005. Ela e o marido tinham se
organizado para que ambos se explodissem em um hotel, como parte de
outros ataques simultâneos, mas o cinto de explosivos dela falhou.
Em Washington, o presidente americano, Barack Obama,
comentou a morte de al-Kasasbeh, e afirmou que a coalizão terá que
"redobrar a vigilância". "Teremos que redobrar a vigilância para ter
certeza de que ele sejam grandemente derrotados, independente de sua
ideologia", afirmou Obama. "Foi mais uma demonstração da maldade e da
barbárie deste grupo, interessado apenas em morte e destruição",
acrescentou.